Nesta quinta-feira, 12, data em que o Banco do Brasil completa 215 anos, a presidente do banco, Tarciana Medeiros, foi às redes sociais para celebrar e fez um balanço sobre a atuação da instituição no primeiro semestre deste ano, período em que ela assumiu o banco. Entre janeiro e junho, o BB concedeu alguma linha de crédito ou de financiamento a 4,2 milhões de pessoas.
“Quem me conhece sabe que eu tenho alguns pequenos mantras diários. Um deles é: dar crédito é acreditar nas pessoas. E no BB, nós acreditamos nos brasileiros”, disse ela, em texto publicado no Linkedin. Ainda de acordo com a executiva, foram concedidos R$ 48 bilhões para mais de 180 mil micro e pequenas e empresas, alta de 22% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. O segmento é um dos focos da gestão de Medeiros.
No texto, a presidente do BB afirma ainda que foram R$ 17 bilhões em empréstimos para mulheres empreendedoras, um crescimento 20% em um ano. Funcionária do banco desde 2000, Tarciana Medeiros é a primeira mulher a comandá-lo em seus dois séculos de existência.
O BB foi criado em 1808, quando a Família Real portuguesa mudou-se para o Brasil. Além de ser o mais antigo banco em operação no País, é considerado um dos mais antigos ainda em operação no mundo.
Nesta quinta, a presidente do banco destacou ainda os R$ 13,3 bilhões em financiamentos ao setor público nos primeiro seis meses de 2023, além das concessões de R$ 75 bilhões para o agro, segmento em que o banco é líder. Nele, o crescimento foi de 15% em relação ao mesmo intervalo de 2022.
Medeiros também mencionou os R$ 8 bilhões que o BB captou em acordos para investimentos em frentes sustentáveis, após a viagem de uma comitiva do comitê executivo do banco a Nova York em setembro. “Fomos até Nova Iorque, a cidade de tantos protagonismos, para colocar o BB de vez sob os holofotes do mundo como um líder global em práticas e negócios sustentáveis”, disse.
Diversidade
A presidente do BB também tratou do tema da diversidade, que é uma das bandeiras de sua gestão. Destacou que o conselho diretor do banco tem 45% de mulheres, 22% de pessoas autodeclaradas negras e dois membros autodeclarados da comunidade LGBTQIAPN+ – ela e o vice presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Geovanne Tobias.
Medeiros mencionou ainda outras iniciativas, como a assinatura de um protocolo de intenções com o Ministério da Igualdade Racial, em julho, voltado a ações direcionadas à superação da discriminação racial, além da inclusão e da valorização de mulheres negras.
Em agosto, o banco se tornou embaixador de movimentos do Pacto Global da ONU no Brasil relacionados à igualdade racial, de gênero e ao trabalho decente. Também assumiu o compromisso de chegar a 30% de pretos, pardos, indígenas e outras etnias sub-representadas em cargos de liderança até 2025.
Por fim, a presidente do banco público fez menção ao inquérito civil público do Ministério Público Federal que investiga a atuação do banco no período da escravidão no Brasil, durante o século XIX. “Os debates sobre a escravidão, para serem efetivos e ganharem a dimensão merecida, precisam envolver todos os atores que estão comprometidos com a mudança no presente, devendo as instituições atuais compartilhar iniciativas que contribuam para a construção de um país com cada vez mais justiça social”, escreveu Medeiros.
Por Matheus Piovesana
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