A Petrobras informou nesta terça-feira, 5 que adquiriu 175 mil créditos de carbono, marcando sua entrada no mercado voluntário de créditos de carbono. Cada crédito representa 1 tonelada de CO2 equivalente evitada, totalizando 175 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE) não emitidas. Esses créditos correspondem à preservação de uma área de 570 hectares da floresta amazônica, equivalente a cerca de 800 campos de futebol como o Maracanã, informa a empresa.
Os créditos foram adquiridos junto ao Projeto Envira Amazônia – sediado no município de Feijó, no Acre – dedicado à preservação da floresta amazônica e ao desenvolvimento de ações em prol das comunidades da região.
O Plano Estratégico da Petrobras 2023-27 prevê outras operações no mercado de carbono, com previsão de investimentos totais de até US$ 120 milhões em créditos de carbono até 2027.
Com a compra de créditos de carbono, o propósito da Petrobras é complementar sua estratégia de descarbonização, que contempla várias frentes como, por exemplo, redução de emissões nas operações, projetos de energias renováveis, biorrefino e captura e armazenamento de carbono (CCS).
A prioridade da estatal será adquirir créditos de base natural, conhecidos como Nature Based Solutions, “gerados no Brasil e de alta qualidade, que contribuam para a conservação e recuperação dos biomas brasileiros”, diz a companhia. “Essas soluções se destacam por sua contribuição à recuperação ou preservação de ecossistemas naturais e por seus co-benefícios ambientais, como preservação da biodiversidade e recursos hídricos, e pelo impacto positivo que pode levar às comunidades locais”.
“Os créditos de carbono comprados pela Petrobras são de alta integridade e com benefícios socioeconômicos, certificados com rigoroso protocolo global, garantindo transparência, confiabilidade e rastreabilidade na divulgação da origem e uso dos créditos”, completa.
A certificação dos créditos segue o padrão VCS (Verified Carbon Standard) da Verra, responsável por validar a quantidade de carbono fixado ou evitado e acompanhar periodicamente a evolução do projeto, além de registrar os créditos de carbono emitidos em sua plataforma eletrônica para que possam ser rastreados.
Por Isabela Moya
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