O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, reiterou que a instituição irá chegar, em 45 dias, a uma resposta sobre o que aconteceu no apagão do último dia 15 de agosto, que deixou consumidores de 25 Estados e do Distrito Federal sem luz.
“Chegaremos às causas e identificaremos as necessidades importantes em todo espectro do setor elétrico”, disse o executivo, durante audiência pública conjunta que se realiza neste momento nas comissões de Minas e Energia e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Mais cedo, Ciocchi citou que as análises iniciais identificaram como origem do apagão a abertura (interrupção) de uma linha por 600 milissegundos – o que foi classificado por ele como “um tempo não humano”.
Ele acrescentou que avaliações mais aprofundadas identificaram que várias linhas também abriram na sequência e o tempo de retomada foi bem maior.
O executivo também comentou que as tentativas de reconstituir a ocorrência nos laboratórios do ONS sinalizaram incompatibilidade entre os dados existentes na base de dados do Operador sobre regulador de tensão, apresentados quando os empreendimentos entraram em operação, e o que ocorreu na prática. “Não é que foi falha de informação, é que o testado quando em funcionamento não apresentou o desempenho exigido”, explicou.
Ciocchi salientou que a causa para os dados estarem diferentes ainda estão sendo investigadas.
Por Marlla Sabino e Luciana Collet
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