Categories: Economia

MME diz que já havia solicitado à Petrobras aprofundamento dos estudos sobre Margem Equatorial

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que já havia solicitado à Petrobras aprofundamento dos estudos para sanar dúvidas quanto à viabilidade da exploração na Margem Equatorial. Em nota, a pasta afirmou que recebeu a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que indeferiu o processo de licenciamento ambiental de um bloco no Amapá, com “naturalidade e devido respeito institucional.”

“O Ministério de Minas e Energia (MME) recebeu a decisão do IBAMA sobre a Margem Equatorial com naturalidade e o devido respeito institucional. A pasta já havia solicitado à Petrobras aprofundamento dos estudos para sanar maiores dúvidas quanto à viabilidade da prospecção da Margem Equatorial de maneira ambientalmente segura”, afirmou a pasta em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, 18.

Segundo a pasta, as recentes discussões referem-se apenas à possibilidade de verificar a existência de petróleo e gás natural do bloco FZA-M-59, localizado a mais de 500 km de distância da Foz do Rio Amazonas. O governo afirma que trata-se de um processo de reconhecimento do subsolo brasileiro, a partir da perfuração de apenas um poço, para fins de pesquisa, “com objetivo de verificar as potencialidade da região e, principalmente, as oportunidades para as brasileiras e brasileiros”.

“O MME destaca ainda que, somente após a eventual aprovação e realização deste primeiro estudo, caso seja verificada a existência de petróleo e gás natural no bloco, é que poderão ser tomadas futuras decisões de Governo quanto ao aproveitamento dessas potencialidades”, informou a pasta.

Como revelou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a questão virou um cabo de guerra entre os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Na nota, a pasta afirmou o processo de discussão do tema tem garantindo a participação plena dos órgãos envolvidos na questão e respeitará as diretrizes do governo Lula, levando em conta o respeito ao meio ambiente e às questões sociais e econômicas de interesse do País.

Mais cedo, a Petrobras comunicou que ainda não foi notificada oficialmente pelo Ibama a cerca do indeferimento do processo de licenciamento ambiental do Bloco FZA-M-59 em Amapá Águas Profundas.

Em comunicado ao mercado, a empresa afirmou que, quando for notificada, formulará pedido de reconsideração em âmbito administrativo. Segundo a companhia, o desenvolvimento deste bloco é um compromisso assumido perante a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que incorrerá em multa contratual se não for realizado.

Por Marlla Sabino

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos mais críticos, diz diretora do Fed

A turbulência bancária ocorrida no ano passado nos Estados Unidos ilustra claramente que supervisores e…

3 horas ago

ABBC diz que redução no teto do consignado INSS prejudica bancos de menor porte

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) afirma que as reduções do teto dos juros do…

16 horas ago

Governo enviará MP para flexibilizar lei de licitações em casos de calamidade, diz ministra

A ministra da Gestão, Esther Dweck, anunciou que o governo federal enviará uma Medida Provisória…

16 horas ago

AGU parabeniza 3 Poderes por ‘alto nível de diálogo interinstitucional’ sobre desoneração

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, comemorou na rede social X (antigo…

17 horas ago

Consulta pública para projeto rodoviário da Nova Raposo recebe quase 2 mil contribuições

A consulta pública do projeto da rodovia Nova Raposo, em São Paulo, contou ao todo…

17 horas ago

Susep suspende por 30 dias prazos de processos sancionadores para seguradoras do RS

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aumentou prazos e suspendeu entregas de materiais regulatórios para…

17 horas ago