O secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que para tributar menos um serviço de streaming, como a Netflix, será preciso cobrar mais impostos de outros setores da economia. Ele usou o exemplo para alertar sobre os riscos da criação de diversas alíquotas diferenciadas e para mostrar a heterogeneidade do setor de serviços.
“Por que serviço de streaming paga menos imposto do que uma camisa? É grande produtor, empresa estrangeira, Netflix. Honestamente, não vejo porque não pagar o mesmo que uma camisa. Se eu for tributar menos a Netflix, terei um imposto mais alto para todo o resto, para poder manter a carga tributária”, disse em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Ele também usou o exemplo do serviço de aluguel de automóveis, que paga menos impostos do que a venda. Para ele, essa é uma diferenciação que não se justifica e causa distorções na economia.
Por Fernanda Trisotto, Antonio Temoteo e Bruno Luiz
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