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Agrishow: AGCO vai investir R$ 340 mi em ampliação de capacidade no Brasil

Até o início de 2024, a AGCO, grupo de empresas que reúne Fendt, Massey Ferguson, Valtra e outras gigantes do setor de máquinas agrícolas espera investir R$ 340 milhões para ampliar a capacidade de produção no Brasil. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa da Massey Ferguson pelo vice-presidente sênior AGCO e líder global da companhia, Luis Felli.

Segundo o executivo, os investimentos foram feitos em 2022 e devem ser utilizados até 2024, antecipando uma perspectiva anteriormente divulgada que previa a aplicação em três anos. “Estamos concentrando o volume de máquinas agrícolas de baixa potência e média potência em Canoas (RS) e os tratores de alta potência em Mogi das Cruzes (SP)”, afirmou ele, acrescentando que também há expansão para armazenagem de peças e para o segmento de grãos e proteínas.

A Massey Ferguson global espera ampliar as vendas em 2,6 vezes até 2026 ante o registrado no ano passado, mas não detalhou o quanto isso representa em valores. Somente na América do Sul, o objetivo é crescimento de 3,7 vezes, o que permitirá ao segmento aumentar de 19% de representatividade no negócio global (resultado de 2019) para 30% até 2026. Na América do Sul, o faturamento da empresa aumentou 230% nos últimos três anos. “Não é apenas vendas de mais máquinas, mas máquinas com um valor maior”, explicou Felli.

A empresa, que completa 175 anos de existência, possui mais de 200 lojas no Brasil. A expectativa para este ano é de que a indústria esteja robusta. “Esperamos que o mercado de máquinas agrícolas se mantenha com crescimento de 2% a 4% em 2023”, afirmou o executivo.

Embora os tratores de média e baixa potência ainda dominem grande parcela do mercado, a Massey vê o mercado se transformando e a alta potência deve totalizar 25% das vendas neste ano. O crédito privado também vem tomando espaço ante o crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de máquinas agrícolas. A estimativa da empresa é que o segmento domine 67% em 2023.

Por Gabriela Brumatti, enviada especial

Estadão Conteúdo

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