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Alibaba: Foco são produtos orgânicos e artesanais do Norte e Nordeste

A plataforma AliExpress é fechada para o cidadão chinês. O principal e-commerce do grupo Alibaba voltado ao mercado interno é o T-Mall. Nele, empresas grandes e bem estabelecidas vendem produtos em geral. Uma marca de sandálias do Brasil internacionalmente reconhecida, as Havaianas, tem uma loja online na plataforma. Mas a experiência que o governo quer promover no País envolve outro modelo, o do e-commerce Taobao.

Essa segunda plataforma é voltada para comércio de pequenos produtores, e muito popular no interior da China. Enquanto a T-Mall opera de empresa para consumidor, o Taobao aceita o modelo consumidor-consumidor – qualquer pessoa que deseja empreender pode abrir uma loja virtual, sem muita experiência.

“Queremos trabalhar o incentivo a pequenas cooperativas, ao produtor familiar. Às vezes é um produtor de artesanato, de orgânico. A Itália faz muito. Queremos ver se a gente promove um novo crescimento das exportações do Brasil com olhar para quem tem produto de qualidade e não consegue crescer no mercado. Uma plataforma como a da Alibaba pode ser um espaço”, diz o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana.

O diagnóstico do governo federal é que o País exporta poucos produtos das regiões Norte e Nordeste. Segundo Viana, dos U$ 334 bilhões exportados ao todo pelo País, U$ 27 bilhões saem da região Nordeste, e outros U$ 28 bilhões, da Norte. Mas há uma concentração. No Nordeste, a Bahia exporta U$ 12 bilhões do total. Se fossem descontados da conta o Estado do Pará e a Vale, a região Norte cairia U$ 21 bilhões, ficando com somente U$ 7 bilhões de participação.

A Alibaba e a Apex Brasil já assinaram um acordo de cooperação no ano passado. Agora, trabalham para ampliar o escopo de atuação.

“Já tive reuniões com eles no Brasil e voltando a gente vai fazer um programa de trabalho, uma coisa mais avançada. A gente tem uma cooperação e quer ver se amplia essa parceria para quem tem determinado chocolate orgânico, por exemplo, possa, facilmente, depois de treinado pela Apex, colocar no e-commerce e no mercado internacional aproveitando uma das maiores plataformas do mundo. Uma parte da plataforma deles é voltada só para esse tipo de negócio. Tem um potencial enorme no Brasil”, afirma Viana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Felipe Frazão, enviado especial

Estadão Conteúdo

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