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BNDES voltou e vai entrar no debate nacional ‘com força’, diz Mercadante

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reafirmou que a instituição de fomento pretende ter participação ativa no debate sobre política econômica, ao mesmo tempo em que voltou a minimizar eventuais rusgas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por videoconferência, o ministro fez um discurso no encerramento de um seminário que ocupou a sede do banco de fomento, no Rio, na segunda-feira, 20, e nesta terça-feira, 21.

Mercadante fez uma fala de encerramento do evento, organizado em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O seminário, anunciado em janeiro pelo presidente do BNDES, marcou também a criação de uma Comissão de Estudos Estratégicos, coordenada pelos economistas André Lara Resende e José Roberto Afonso.

Mercadante disse que Haddad “fechou com chave de ouro” o seminário. Assim como fez na segunda-feira, o presidente do BNDES comentou que o ministro da Fazenda terá “todo apoio, lealdade e solidariedade” por parte do banco de fomento, que dará suas contribuições “quando solicitado”.

“Como eu disse no início, o BNDES voltou. Vai entrar no debate nacional com força, empenho, de forma muito criativa e plural”, afirmou Mercadante.

Para marcar o pluralismo, o presidente do BNDES destacou que o Cebri “nasceu de uma tradição diferente da nossa, tinha muito mais a ver com esse pêndulo histórico que era o PSDB”, numa referência ao fato de que os fundadores do think tank de política externa têm sua origem marcada pela participação no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Como já disse o presidente Lula, que saudade temos da época em que o debate era entre PT e PSDB. Era um Brasil mais equilibrado, saudável e democrático Queremos discutir com esse campo, porque ele faz parte da democracia”, afirmou o presidente do BNDES.

Mercadante anunciou que o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que ocupou o cargo ao longo dos oito anos dos dois mandatos de Fernando Henrique, organizará um próximo seminário em parceria com Lara Resende, um dos coordenadores da Comissão de Estudos Estratégicos criada no BNDES.

Lara Resende foi um dos integrantes da equipe que criou o Plano Real e foi presidente do BNDES no governo Fernando Henrique.

Por Daniela Amorim, Gabriel Vasconcelos e Vinicius Neder

Estadão Conteúdo

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