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Fed cria programa de emergência para tentar aplacar os efeitos do colapso do SVB

O Federal Reserve (Fed) anunciou neste domingo, 12, a criação de um programa de emergência para tentar conter os efeitos do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) sobre o sistema bancário dos Estados Unidos. Em comunicado, o banco central americano afirmou estar preparado para lidar com qualquer pressão de liquidez que emergir.

Segundo a nota, o Fed fornecerá financiamento adicional às instituições depositárias por meio do novo Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP), que oferecerá empréstimos com vencimento de até um ano a bancos, associações de poupança, uniões de crédito e outras que comprometem Treasuries, dívidas de agências e títulos garantidos por hipotecas e outros ativos qualificados como garantia.

“O BTFP será uma fonte adicional de liquidez contra títulos de alta qualidade, eliminando a necessidade de uma instituição de vender rapidamente esses títulos em momentos de estresse”, explica.

O Fed terá a seu dispor US$ 25 bilhões do Fundo de Estabilização Cambial como lastro para o novo instrumento, mas não espera ter que usar os recursos.

‘Resiliência’ do sistema bancário

Reguladores americanos garantiram, neste domingo, a resiliência do sistema bancário americano, em meio às repercussões do colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, duas das maiores instituições financeiras a quebrar desde a crise de 2008.

Em comunicado no qual anunciou a criação de um programa de emergência, o Fed assegurou que as posições de liquidez e capital dos bancos no país estão “fortes”.

O banco central americano enfatizou que os depositários podem obter recursos pela janela de redesconto, que permanecem “abertas e disponíveis”. Serão aplicadas na janela as mesmas margens utilizadas para os títulos elegíveis ao novo programa, o que amplia ainda mais o valor do empréstimo.

“O Conselho do Fed está monitorando de perto as condições em todo o sistema financeiro e está preparado para usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar famílias e empresas, e tomará medidas adicionais conforme apropriado”, ressaltou.

Em nota separada, Fed, Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) e Departamento do Tesouro ressaltaram que a solidez do sistema bancário reflete, em parte, as reformas feitas depois da crise financeira de 2007. “Essas reformas, combinadas com as ações de hoje, demonstram nosso compromisso de tomar as medidas necessárias para garantir que as poupanças dos depositantes permaneçam seguras”, destacaram.

Por André Marinho

Estadão Conteúdo

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