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Caixa pretende que os 21 milhões cartões do Bolsa Família sejam de débito

A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Rita Serrano, confirmou que o banco vai começar a operar o novo Bolsa Família em 20 de março, já sob novas regras, como a obrigatoriedade da matrícula escolar de crianças beneficiárias. Segundo ela, o Banco planeja transformar os 21 milhões cartões das famílias atendidas em cartões de débito, para facilitar pagamentos e bancarizar a população.

Cada cartão, disse ela, estará atrelado a uma conta e poupança digital no banco.

Maria Rita Serrano falou a jornalistas no lançamento do programa Mulheres de Favela, no Complexo do Alemão, no Rio.

A primeira fase do programa prevê capacitar e orientar 50 mil mulheres em um ano e meio para que entrem no mercado de trabalho. Por ora a ação vai envolver três comunidades, nas cidades do Rio, São Paulo e Salvador, onde serão ofertados cursos profissionalizantes e mentoria a um orçamento de R$ 16 milhões. “Pretendemos que todos os cartões do Bolsa Família sejam de débito. Estamos falando de 21 milhões de famílias. Os cartões de débito vão facilitar às pessoas a movimentarem as contas. Isso garante a bancarização dessas pessoas. Porque todos os beneficiários terão uma conta, uma poupança digital. Vamos bancarizar a população e facilitar a retirada desses recursos”.

Segundo a Caixa Econômica, somente uma pequena parte dos beneficiários do programa, renomeado de Auxílio Brasil sob o governo Jair Bolsonaro, tinha a funcionalidade do cartão com chip e débito. O plano atual prevê a expansão disso. Hoje a maior parte dos usuários saca os valores na boca do caixa e lotéricas, ou recebe pelo aplicativo “Caixa Tem”.

Maria Rita Serrano lembrou que as regras para o recebimento do benefício, a maior parte extinta sob Bolsonaro, estão de volta, sendo a principal delas a matrícula de crianças na escola.

O benefício parte de R$ 600 por família com adicional de R$ 150 por criança até seis anos e deverá ter um valor médio de R$ 608.

Questionada sobre a periodicidade dos reajustes e seu alinhamento à inflação, ela não quis responder e disse que a decisão é do governo federal. Maria Rita Serrano assumiu a presidência do banco em janeiro.

Por Gabriel Vasconcelos

Estadão Conteúdo

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