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Lula diz que não governa para o mercado e critica privatização da BR Distribuidora

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 16, que não está governando para o mercado financeiro. O petista disse entender que os investidores precisam ganhar dinheiro, mas declarou que esses atores econômicos precisam entender que o Brasil é “feito de povo”. O chefe do Executivo também afirmou que os ruídos no mercado são causados por quem quer fazer especulação e criticou a privatização da BR Distribuidora, empresa que era subsidiária da Petrobras.

“Eu não estou governando para o mercado. Eu sei da existência do mercado. Eu sei o que o mercado faz para ganhar dinheiro. Mas eu estou governando para o povo brasileiro. Eu estou governando para tentar recuperar o bem-estar social que o povo brasileiro alcançou no tempo em que eu fui presidente”, disse Lula, em entrevista à CNN Brasil. O presidente também afirmou que o mercado, na visão dele, não ficou “irritado” com a expansão fiscal feita pelo governo Bolsonaro no ano passado, às vésperas da eleição.

Ao ser questionado sobre os ruídos com o mercado financeiro, principalmente em relação à âncora fiscal que vai substituir o teto de gastos, Lula lembrou que em seu governo levou a inflação à meta, criou empregos, acumulou reservas internacionais e pagou a dívida externa do País. “Não é política de enfrentamento com o mercado. O Lula de hoje é o Lula de 10 anos atrás, de 15 anos atrás. É preciso que a gente pegue o histórico do que foi o Lula no primeiro governo”, declarou o presidente.

Lula disse que o País quer normalidade, mas vai ser mais difícil governar agora porque há o desafio de “recompor a civilidade”. “O mercado tem sua importância. O mercado precisa ganhar o dinheiro. Agora, o mercado tem que entender que este País é feito de povo e que o povo precisa ser tratado com respeito”, declarou, ao afirmar que os ruídos no mercado são causados por especuladores e criticar privatizações. “Você vendeu a BR Distribuidora para quê?”, questionou.

Por Iander Porcella e Eduardo Gayer

Estadão Conteúdo

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