A Porto (ex-Porto Seguro) fechou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido recorrente de R$ 555,6 milhões, alta de 87,6% em um ano, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira, 9. Foi o maior resultado histórico da companhia para um trimestre, impulsionado pela recuperação das margens e pela expansão das linhas de negócio.
A receita total da companhia, que inclui os diferentes negócios, aumentou 31,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2021, para R$ 7,884 bilhões. As verticais de seguros e de saúde foram as responsáveis pelo crescimento, com altas de 26,7% e de 35,1%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação.
Em seguros, área que tem o maior peso nos resultados da companhia, a Porto destaca que o aumento dos prêmios no seguro auto, de 30,7%, foi o principal propulsor no comparativo anual, com a aceleração das vendas em determinadas regiões do País e também pelos reajustes nos preços das apólices. O prêmio emitido em seguros como um todo foi de R$ 6,279 bilhões.
No ano passado, com a inflação nos preços dos carros usados, que balizam os pagamentos de indenizações, a Porto fez reajustes em suas apólices, que acabaram seguidos pelo mercado. Isso levou a uma diluição dos riscos, que fez a sinistralidade cair para 58,3% no auto, ante 63,1% no mesmo intervalo de 2021.
“Além disso, após um período de fortes aumentos nos preços dos carros que compõe nossa frota segurada, observamos a partir do final do primeiro semestre de 2022 uma tendência mais favorável, reduzindo a pressão sobre os valores indenizados”, afirma a companhia no balanço. A frota segurada pela Porto era de 5,7 milhões de veículos, queda de 1,7% em um ano.
Em saúde, a Porto teve receita de R$ 903,3 milhões, com uma base de 413 mil beneficiários, 18% maior que a de dezembro de 2021. A companhia destacou que o menor crescimento em três meses, em que houve estabilidade, se deu pela não renovação de duas contas empresariais de alta sinistralidade, com cerca de 13 mil vidas somadas.
O Porto Seguro Bank, por sua vez, teve receita de R$ 1,2 bilhão, alta de 21,1% em um ano, com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 42,3%. A carteira de crédito somava R$ 16,180 bilhões, alta de 21,5%, e a inadimplência acima de 90 dias, 7,1%, alta de 1,5 ponto porcentual em um ano. O custo do risco era de 60%, 4 pontos acima de 2021, e a cobertura, de 118%, 1 ponto abaixo.
Consideradas todas as verticais, a Porto encerrou o quarto trimestre de 2022 com rentabilidade de 21,6%, queda de 1,5 ponto porcentual em um ano, mas um avanço de 10,3 pontos em três meses.
Por Matheus Piovesana
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