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Oi ainda negocia com credores antes de pedir nova recuperação

A Oi mantém negociações com credores para chegar a um refinanciamento das suas dívidas – o que passa pela injeção de capital e postergação dos vencimentos de débitos. A companhia já iniciou o processo para uma nova recuperação judicial, mas ainda não definiu quando vai encaminhar o pedido à Justiça – a definição deve sair em um mês.

Na semana passada, a Oi obteve decisão judicial que suspendeu pagamentos a credores e impediu execuções de cobranças por um prazo de 30 dias. A empresa alegou que não tinha condições de arcar com seus compromissos. Na petição, os advogados da companhia classificaram a situação financeira da tele como “insustentável”.

O juiz Fernando Viana, da 7ª Vara de Recuperação e Falências do Rio, escreveu que sua decisão serviria para “preservação emergencial das atividades empresariais da Oi de forma a permitir a nova etapa de sua reestruturação em processo de recuperação judicial”.

Conforme previsto na Lei de Recuperações e Falências, os efeitos de uma decisão cautelar como a da Oi podem durar até 30 dias. Terminado o prazo, ou a empresa resolve a situação com os credores ou parte para um pedido de recuperação – que pode ser judicial ou extrajudicial.

OPERAÇÃO

Ontem, o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, defendeu que a companhia é sustentável e que a reestruturação da dívida da empresa não irá afetar as atividades. “Ela (Oi) carrega dívida do passado. Não tem nada a ver com a operação atual da companhia”, disse Abreu. As declarações foram dadas após os executivos da empresa saírem de reunião em Brasília com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De acordo com Abreu, o encontro teve caráter de “acompanhamento de status” da Oi, em que ela prestou contas e mostrou seus planos e passos para a sustentabilidade futura da tele. “Se não acreditássemos na sustentabilidade, não estaríamos fazendo todo o plano que estamos fazendo há bastante tempo”, disse. “A Anatel tem dever de ofício de acompanhar concessão.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Circe Bonatelli e Amanda Pupo

Estadão Conteúdo

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