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Setor aéreo discute custo da aviação em reunião com Haddad em SP

Empresários do setor de aviação civil levaram nesta sexta-feira, 20, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a “explosão de custos” que encarece os preços das passagens aéreas no País. A reunião aconteceu no gabinete do ministério da Fazenda em São Paulo, após a pasta colocar a reoneração dos combustíveis, incluindo o querosene de aviação, na lista de medidas que visam recompor as receitas do governo.

Na saída da audiência com Haddad, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, disse a jornalistas que, por conta do aumento de custos decorrente do salto do querosene de aviação e do dólar, houve uma inflexão no ciclo aberto em 2002 de maior acesso dos brasileiros aos voos aéreos. O executivo lembrou que na primeira década de liberdade tarifária, o tíquete médio das passagens caiu pela metade, enquanto o número de passageiros passou de 30 milhões para 100 milhões.

“Isso se perdeu nos últimos anos pela explosão de custos”, declarou Sanovicz. “Viemos colocar ao ministro que, retomadas as condições de custo e operação que já tivemos, a aviação brasileira é capaz de entregar um número muito expressivo de passageiros. Se triplicamos em uma década, nós entendemos que é possível dobrar em outra década”, acrescentou o presidente da Abear.

Sanovicz enfatizou, no entanto, que a reunião com a Haddad não teve como objetivo apresentar reivindicações, mas sim iniciar um diálogo com o ministério. A partir de agora, informou, as agendas especificas do setor devem ser tratadas em reuniões bimestrais com a equipe técnica do ministério da Fazenda.

Também participaram da reunião com o ministro os presidentes da Gol, Celso Guimarães Ferrer Junior, e da Azul, John Rodgerson, além do diretor financeiro da Latam, Felipe Pumarino.

Sanovicz apontou que o preço do querosene de aviação causa perda de competitividade das companhias aéreas brasileiras, citando que o combustível representa 40% dos preços das passagens aéreas no Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa, essa proporção é de 22% e 24%, respectivamente.

Por Eduardo Laguna

Estadão Conteúdo

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