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BRMalls aceita fusão com Aliansce para formar maior empresa de shoppings do País

O Conselho de Administração da BRMalls, dona de shoppings como Santa Cruz, Jardim Sul e Villa Lobos, aceitou a proposta de fusão com sua concorrente Aliansce Sonae, que administra centros como Plaza Sul, o Parque D. Pedro e Leblon. A proposta foi aprovada por maioria, mas sem unanimidade, e pavimenta o caminho para a combinação dos negócios que dará origem ao maior conglomerado do setor, dono de 69 centros de compras espalhados pelo País.

No entanto, o acordo não prevê exclusividade entre as duas empresas. Mais do que isso: BRMalls e a Ancar Ivanhoe continuam conversando sobre uma possível fusão, conforme apuraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com fontes do mercado. Portanto, as portas continuam abertas para eventual contraproposta.

Com menos fôlego financeiro do que a Aliansce, a Ancar tem passado os últimos dias batendo na porta dos fundos, na tentativa de angariar apoio para fazer uma proposta mais vantajosa para a BRMalls, conforme fontes.

A Ancar, empresa da família Carvalho, é uma das maiores do ramo, com 24 shoppings (entre aqueles em que é sócia e outros que só administra). Na lista estão o Eldorado, em São Paulo; o Iguatemi, em Porto Alegre; e o RioSul, no Rio.

Por isso, as negociações entre representantes da Aliansce e da BRMalls se estenderam ao longo da quinta-feira e até a madrugada de desta sexta-feira, 29, segundo fontes. Um dos pontos centrais, muito debatido, foi justamente a exclusão de exclusividade no acordo, ponto fundamental para que a maioria do Conselho da BRMalls aceitasse a proposta.

Embora um acordo de exclusividade fosse importante para deixar a Aliansce mais tranquila, seus acionistas aceitaram abrir mão deste termo para dar andamento ao acordo pró-fusão, que já vem sendo discutido desde dezembro.

Há também o entendimento que uma eventual proposta da Ancar teria certa dificuldade de prosperar, visto que os Conselhos de Aliansce e BRMalls já manifestaram, formalmente, recomendação de aprovação da fusão. Por isso, nenhuma outra proposta poderia ser colocada em votação para os acionistas antes da oferta da Aliansce.

Além disso, o aval do Conselho de Administração da BRMalls sinaliza à sua base de investidores estrangeiros que eles podem aprovar a transação na assembleia que tratará sobre o tema, ainda a ser convocada.

O fundo Capital International, com 10% da empresa, era dado como o fiel da balança para o sucesso da operação. Os demais acionistas de peso – Squadra e Velt – já tinham se convencido de que a fusão era a melhor opção.

Por Fernanda Guimarães e Circe Bonatelli

Estadão Conteúdo

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