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Uber terá ‘botão do pânico’ para acionar PM no Rio

Tanto o motorista quanto o passageiro dos carros da Uber terão um dispositivo no próprio aplicativo que os colocará rapidamente em linha direta com a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O objetivo do recurso, que já está disponível em 1,2 mil cidades nos Estados Unidos e em 29 Estados do México, é coibir assaltos e atos de violência em geral no meio de transporte.

O contrato entre a Uber e a corporação foi assinado na última quarta-feira, 27. O dispositivo entra em operação, inicialmente, de forma experimental, apenas na Baixada Fluminense.

Quando o dispositivo “ligar para a polícia” for acionado, ele conectará a pessoa ao Centro de Controle Operacional da Polícia Militar, responsável pelo serviço 190, de emergências. Os operadores do serviço de emergência vão receber automaticamente, em tempo real, os dados do motorista e do passageiro, além da exata localização do carro de onde foi originada a chamada. Ou seja, mesmo que a pessoa que fez a chamada não consiga se comunicar com o operador, informações básicas serão transmitidas.

“O veículo passa a ser georreferenciado na tela dos nossos operadores, possibilitando assim a interceptação por parte das viaturas que estão na rua”, explica o porta-voz da PM, o tenente-coronel Ivan Blaz. “É uma iniciativa muito positiva, uma vez que temos muitas ocorrências envolvendo corridas nesses aplicativos de transporte.”

Antes de o projeto começar a funcionar experimentalmente, os operadores do 190 passarão por treinamento. Segundo Blaz, a PM está disposta a fazer a mesma parceria com outros apps de transporte. Para a Uber, a “violência urbana é um desafio em muitas sociedades em todo o mundo, (…) e acreditamos que a tecnologia é a ferramenta mais poderosa para tornar as soluções de segurança escaláveis”.

“Se isso puder resultar no envio mais rápido de ajuda em situações críticas, será um recurso a mais para trazer mais segurança a todos que circulam nas cidades”, afirmou a diretora-geral de Operações da Uber, Silvia Penna, lembrando que, em uma situação de emergência, cada segundo é crucial. “Esse é o tipo de contribuição que acreditamos que nossa tecnologia pode dar às localidades em que atuamos.”

Por Roberta Jansen

Estadão Conteúdo

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