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FMI: Conselho executivo do organismo aprova acordo de US$ 44 bi com a Argentina

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira, 25, um acordo estendido de 30 meses no âmbito do Extended Fund Facility (EFF) para a Argentina, totalizando cerca de US$ 44 bilhões. Em comunicado, a instituição aponta que a decisão permite às autoridades o desembolso imediato de US$ 9,656 bilhões.

Segundo o FMI, o acordo EFF visa fornecer à Argentina apoio ao balanço de pagamentos e orçamento apoiado por medidas destinadas a fortalecer a sustentabilidade da dívida, combater a alta inflação, aumentar as reservas, abordar as lacunas sociais e de infraestrutura do país e promover o crescimento inclusivo.

O programa, aprovado no Congresso argentino, visa fortalecer as finanças públicas e começar a reduzir a inflação persistentemente alta por meio de uma estratégia multifacetada que envolve a eliminação gradual do financiamento monetário do déficit fiscal e um quadro aprimorado de política monetária e cambial, afirma o Fundo. O projeto também prevê medidas para fortalecer o mercado interno de dívida em pesos, a eficácia dos gastos governamentais, a inclusão trabalhista e de gênero e a competitividade de setores-chave, conclui o comunicado.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirma que a Argentina continua a enfrentar desafios econômicos e sociais excepcionais, incluindo renda per capita deprimida, níveis elevados de pobreza, inflação alta persistente, pesado fardo da dívida e baixos amortecedores externos. “Nesse contexto, o programa econômico das autoridades estabelece objetivos pragmáticos e realistas, juntamente com políticas críveis para fortalecer a estabilidade macroeconômica e começar a enfrentar os desafios profundos da Argentina”, avalia.

“Os riscos para o programa são excepcionalmente altos e as repercussões da guerra na Ucrânia já estão se materializando. Nesse contexto, a recalibração precoce do programa, incluindo a identificação e adoção de medidas apropriadas, conforme necessário, será fundamental para alcançar os objetivos do programa”, ponderou Georgieva.

Por Matheus Andrade

Estadão Conteúdo

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