Estados Unidos e União Europeia (UE) anunciaram nesta sexta-feira, 25, um plano conjunto para diversificar as fontes de energia da Europa e reduzir a dependência dos países da região de importações de combustível da Rússia. A medida é parte da resposta de potências ocidentais à invasão da Ucrânia pelos russos, em meio à viagem do presidente americano, Joe Biden, ao continente europeu.
Em comunicado, a Casa Branca e a Comissão Europeia informaram que, pelo acordo, trabalhão com parceiros internacionais para ampliar o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) à Europa em pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos este ano. O tratado, no entanto, não especifica quais países proverão a oferta adicional.
O bloco europeu também se compromete a garantir a meta de assegurar, pelo menos até 2030, demanda para aproximadamente 50 bilhões de metros cúbicos por ano de GNL americano adicionais, sem descuidar das metas de neutralização das emissões de carbono. “Isso também será feito no entendimento de que os preços devem refletir os fundamentos de mercado de longo prazo e a estabilidade da oferta e da demanda”, ressalta o texto.
A UE pretende preparar uma estrutura regulatória atualizada para a segurança do fornecimento e armazenamento de energia na região, ao mesmo tempo que acelera a revisão dos procedimentos de importação de GNL.
O plano será empreendido por um força-tarefa conjunta, presidida por um representante do governo dos EUA e outro da Comissão Europeia. O grupo atuará pela segurança energética da Ucrânia e da UE no próximo inverno. Terá ainda dois objetivos primários, de acordo com a nota: diversificar a oferta de gás natural liquefeito em alinhamento com os objetivos climáticos e reduzir a demanda pela commodity.
Em coletiva de imprensa em Bruxelas, junto com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, Biden acusou o governo russo de usar o setor energético para “coagir e manipular seus vizinhos” e de usar os lucros da indústria para “guiar sua máquina de guerra”.
Von der Leyen, por sua vez, comentou que é importante que os europeus abandonem a dependência da Rússia e importem de fornecedores parceiros. “Nosso objetivo é reduzir essa dependência dos combustíveis fósseis russos e nos livrar disso”, disse ela. Com informações da Associated Press.
Por André Marinho
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