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Leilão do Iguaçu é a ‘gênese’ de um ‘promissor setor’, diz presidente do BNDES

O leilão de concessão do Parque Nacional do Iguaçu, realizado nesta terça-feira, 22, na B3, representa a “gênese” de um “promissor setor”, de gestão de parques e florestas, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano. Segundo Montezano, após o leilão desta tarde, virão “dezenas de outros” projetos de concessão de parques e florestas.

“O BNDES gerencia hoje a maior carteira de concessões de ativos ambientais do planeta. São cerca de 50 ativos, uma área equivalente a de Portugal”, afirmou o presidente da instituição de fomento, em discurso após o término do leilão, quando as autoridades presentes à cerimônia, realizada na B3 e transmitida pela internet, foram chamadas a “bater o martelo”.

Ainda conforme Montezano, as concessões de parques e florestas estruturadas pelo BNDES têm o potencial de gerar “quase 1 milhão de empregos”. O executivo destacou o fato de essas vagas serem criadas “fora dos grandes centros”, levando desenvolvimento econômico a locais importantes para a preservação do meio ambiente.

Também presente ao leilão, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, reforçou a importância do “desafio” de levar desenvolvimento econômico local para garantir a proteção dos parques nacionais. O ministro destacou que o novo projeto de concessão prevê a abertura à visitação de novas áreas do parque, para além das Cataratas do Iguaçu, o que beneficiará municípios vizinhos à unidade de conservação, além de Foz do Iguaçu.

“Esse governo entende que o parque tem que ser protegido, mas gerido para receber os visitantes”, afirmou Leite, também após o término do leilão. “O ministério atua para integrar atividades econômicas e a proteção ambiental”, completou o ministro.

Linhas

Ainda ao comemorar o resultado do leilão de concessão do Parque Nacional do Iguaçu, Gustavo Montezano, ressaltou que a instituição de fomento atuará também no financiamento aos concessionários do setor de parques e florestas.

“Vamos colocar linhas de financiamento para que os concessionários tenham acesso a crédito para fazer os investimentos. As concessões de infraestrutura ambiental são tão importantes quanto as demais infraestruturas. O papel do BNDES não é só modelar (os projetos de concessão), mas também fazer o financiamento”, afirmou Montezano.

No início de fevereiro, o BNDES anunciou um programa de financiamento para as concessões de parques naturais e urbanos, além de concessões florestais. A linha tem orçamento de R$ 500 milhões. As regras do programa permitem que cada empréstimo financie até 80% dos investimentos, com prazo de pagamento de até 300 meses, incluindo carência de 96 meses.

Por Vinicius Neder

Estadão Conteúdo

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