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Bolsas de NY fecham em baixa, com tensões na Ucrânia e sanções contra a Rússia

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 23, em mais uma sessão marcada pelas tensões geopolíticas envolvendo a Ucrânia. Depois de entrar no território de correção na última sessão, o S&P 500 ampliou ainda mais suas perdas e o Nasdaq quase perdeu a marca dos 13 mil pontos.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,38%, em 33131,76 pontos, o S&P 500 recuou 1,84%, aos 4225,50 pontos, e o Nasdaq caiu 2,57%, a 13037,49 pontos.

Os índices acionários americanos chegaram a operar no azul, mas o movimento não se sustentou. “As ações se recuperaram provisoriamente, já que alguns investidores sem dinheiro não puderam deixar de comprar o S&P 500 com um desconto de 10% e com o início das sanções contra a Rússia”, aponta Edward Moya, analista da Oanda, citando a queda do índice com relação ao seu ápice, no dia 4 de janeiro deste ano. No entanto, o analista aponta que as “ações terão dificuldades para encontrar uma direção até que os mercados financeiros tenham uma resposta clara sobre se a crise entre Rússia e Ucrânia terá uma solução diplomática ou uma guerra na região”.

Segundo Moya, os mercados acionários começaram a desistir de ganhos após relatos de que os EUA acreditam que a Rússia invadirá a Ucrânia em 48 horas. Ao longo da tarde, notícias sobre a chance de incursão militar russa na Ucrânia ganharam destaque. Segundo a Reuters, as forças russas “estão tão prontas quanto podem estar”, com 80% em posições avançadas. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu cerca de 100% das forças que os EUA acreditavam que ele colocaria em posição para a invasão da Ucrânia, informou um oficial de defesa americano. Enquanto isso, o presidente americana Joe Biden, confirmou hoje que os EUA vão impor sanções à empresa responsável pelo gasoduto Nord Stream 2 – que liga a Ucrânia à Rússia.

Neste cenário, as ações de bancos estiveram entre algumas das mais penalizadas. Wells Fargos (-2,41%), Bank of America (-1,71%), Morgan Stanley (-1,27%) estiveram entre quedas de destaque. Outro setor de destaque nas perdas foi o das aéreas, com queda da United Airlines (-5,33%), Delta Air Lines (-4,06%) e American Airlines (-4,53%). Na contramão, observando as perspectivas para o mercado, petroleiras avançaram, com destaque para a alta de 2,38% da Chevron.

Por Matheus Andrade

Estadão Conteúdo

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