Categories: Economia

BR Properties tem prejuízo líquido de R$ 47,438 milhões no 4º trimestre

A BR Properties encerrou o quarto trimestre de 2021 com prejuízo líquido de R$ 47,438 milhões, enquanto no mesmo intervalo de 2020 teve lucro de R$ 155,685 milhões.

Boa parte do impacto negativo veio da queda de R$ 66,5 milhões no valor do seu portfólio imobiliário, conforme avaliação da consultoria CBRE. O efeito é contábil, sem mexer com o caixa.

Segundo a BR Properties, essa desvalorização vem na esteira da piora da economia brasileira, com inflação e juros em alta, gastos públicos crescentes, incertezas diante das eleições e continuidade da pandemia.

A empresa também pondera que a queda de R$ 66,5 milhões corresponde a apenas 1% do valor total do portfólio, avaliado em R$ 9 bilhões. O portfólio abrange 32 imóveis comerciais, entre prédios de escritórios, galpões logísticos e terrenos.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 53,791 milhões, baixa de 15% na mesma base de comparação. A margem Ebitda caiu 10 pontos porcentuais, para 66%.

A receita líquida totalizou R$ 81,869 milhões, recuo de 2%.

As despesas gerais e administrativas ajustadas também diminuíram 2%, para R$ 14,327 milhões.

O prejuízo também foi influenciado pelo resultado financeiro líquido, que gerou uma despesa de R$ 44,632 milhões, crescimento de 215% na comparação anual. Esse resultado é majoritariamente explicado pelo aumento dos juros no Brasil. Com isso, o custo médio da dívida da empresa foi de 3,8% para 11,7%.

A dívida líquida atingiu R$ 2,045 bilhões no quarto trimestre, alta de 6% ante o terceiro trimestre. O dinheiro em caixa caiu 15%, para R$ 949,4 milhões. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) subiu de 8,1 vezes para 9,0 vezes. A empresa tem R$ 401 milhões de amortizações em 2022.

Operacional

A BR Properties fechou contratos de locações referentes a 13,8 mil m² de área bruta locável (ABL) no quarto trimestre de 2021, totalizando 111 mil m² de novas locações no acumulado de todo o ano.

A companhia também antecipou os dados de janeiro, quando foram locados mais 9,1 mil m², concentrados no empreendimento Parque da Cidade, zona sul da capital paulista.

A BR Properties fechou o ano com taxas de vacância financeira e física de 27,2% e 25,7%, respectivamente. Considerando as locações de janeiro, as taxas de vacância financeira e física consolidadas são de 25,9% e 24,2%.

Houve, portanto, uma redução da vacância na ordem de 6 a 7 pontos porcentuais em um ano.

O valor do aluguel médio por m² das mesmas propriedades, considerando contratos correntes e novas locações, no quarto trimestre, apresentou um aumento nominal de 8,2% na comparação anual.

A inadimplência líquida baixou de 0,9% para 0,1%.

Por Circe Bonatelli

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

11 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

11 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

13 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

15 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

16 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

16 horas ago