Mercados

Índice de fundos imobiliários opera em queda de olho em risco fiscal

Após ensaiar uma recuperação nos últimos dias de 2021, chegando a 2.805 pontos no fechamento do dia 30 de dezembro, o Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 caminha para o terceiro dia consecutivo de perdas em 2022, em meio à preocupação com a trajetória fiscal brasileira. Na terça-feira (4), o índice fechou em queda de 0,07%, aos 2.787 pontos.

Com o recesso parlamentar e o noticiário político esvaziado nos últimos dias do ano passado, os investidores foram às compras no mercado de fundos imobiliários, vislumbrando oportunidades de ganho no médio e longo prazo com muitos ativos sendo negociados a preços inferiores ao seu valor patrimonial por cota. Entretanto, a volatilidade volta a dar as caras logo nos primeiros dias de 2022, em meio aos protestos de servidores públicos reivindicando reajustes salariais e à antecipação do clima de eleições.

Merece destaque o artigo escrito pelo ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, e publicado na Folha de S. Paulo na noite de terça-feira (4), no qual o economista tece duras críticas às políticas implementadas a partir do governo Temer na tentativa de conter o desequilíbrio das contas públicas, dentre as quais o teto de gastos.

O tom do artigo desagrada os investidores, que temem que uma eventual vitória de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, represente um rompimento com as políticas adotadas para conter o avanço do gasto público e reforçar o comprometimento do governo brasileiro com o controle da inflação.

Destaques

O RB Capital I (RFOF11), fundo de fundos, liderava as altas do IFIX, subindo 2,81%, a R$ 73,29. O Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), fundo de escritórios, vinha logo em seguida, com alta de 2,43%, sendo negociado a R$ 137,33. A terceira maior valorização era doRBR Properties (RBRP11), fundo híbrido, que subia 2,35%, sendo negociado a R$ 75,50.

Na outra ponta, a maior queda era do HSI Logística (HSLG11), fundo de galpões logísticos, que caía 3,86%, sendo negociado a R$ 94,22. A segunda maior desvalorização era do Vinci Logística (VILG11), também do segmento de galpões logísticos, caindo 3,07%, sendo negociado a R$ 95,28. Por fim, a terceira maior desvalorização era do RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11), fundo de fundos, que caía 1,85%, sendo cotado a R$ 72,24.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,25%, aos 2.780 pontos.

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João Marinho

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