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Bolsas da Ásia fecham mistas em meio à Ômicron, mas índices chineses sobem

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 30, em meio a incertezas relacionadas à variante Ômicron do coronavírus. As praças chinesas, no entanto, avançaram em bloco, sustentadas por perspectivas por novos estímulos de Pequim para conter a desaceleração da segunda maior economia do planeta.

O governo chinês “continua a fazer comentários tranquilizadores sobre empréstimos à economia real para apoiar um crescimento mais equilibrado e inclusivo”, comenta a corretora Oanda. O Banco do Povo da China (PBoC) reiterou, nesta semana, o compromisso com uma política monetária “proativa”, com apoio particular a pequenas e médias empresas.

Em meio a esse cenário, a bolsa de Xangai encerrou o pregão com ganho de 0,62%, a 3.619,19 pontos, enquanto a menos abrangente Shenzhen subiu 0,91%, a 2.517,16 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Sang avançou 0,11%, a 23.112,01 pontos. A ação da Sensetime chegou a disparar 23%, mas terminou em alta de 7,27%, após a empresa do setor de inteligência artificial completar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que havia sido atrasada por tensões entre Estados Unidos e China.

Ainda no mercado do território semiautônomo, Evergrande despencou 9,09%, após a incorporadora deixar de pagar juros de dois títulos que venceram na última terça-feira. A companhia informou ter retomado 91,7% de seus projetos imobiliários no país asiático.

Na contramão do clima positivo nas mesas de operações chinesas, os negócios no restante da região refletiram o pessimismo referente à pandemia. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a confluência das variantes Ômicron e Delta podem provocar um “tsunami” de casos de covid-19.

Com isso, o índice Taiex, de Taiwan, cedeu 0,16%, a 18.218,84 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,52%, a 2.977,65 pontos, na Bolsa de Seul.

No Japão, o Nikkei, de Tóquio, caiu 0,40%, a 28.791,71, na última sessão do ano. Ainda assim, o índice encerrou 2021 com avanço anual de 4,91%, no maior nível em 32 anos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, registrou leve variação positiva de 0,05%, a 7.513,40 pontos. Mineradoras como BHP (+0,85%) e Rio Tinto (+0,75%) lideraram os ganhos nos negócios australianos. Com informações da Dow Jones Newswires.

Por André Marinho

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Estadão Conteúdo

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