Mercados

Bolsas da Ásia fecham em alta, em recuperação após queda por variante Ômicron

As bolsas asiáticas encerraram o pregão desta terça-feira (21) em alta, recuperando as perdas vistas ontem entre ativos de risco nos mercados globais. Os ganhos foram puxados pela bolsa de Tóquio, que subiu mais de 2% após o governo do Japão aprovar um pacote de estímulos à economia. Principal indutora da queda no pregão anterior, a variante Ômicron do coronavírus segue no radar de investidores.

O índice japonês Nikkei teve avanço de 2,08%, aos 28.517,59 pontos. A ação da farmacêutica Shinogi (+5,30%) liderou os ganhos após informar que seu medicamento oral apresentou atividade antiviral robusta contra a Ômicron. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,00%, aos 22.971,33 pontos, apoiado pelo desempenho de papéis de grandes companhias de tecnologia, como Meituan (+4,47%) e Xiaomi (+4,43). O sul-coreano Kospi, por sua vez, avançou 0,41%, aos 2.975,03 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,88%, a 3.625,13 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,05%, a 2.504,33 pontos. O Taiex também registrou desempenho positivo em Taiwan, ganhando 0,68%, a 17.789,27 pontos.

De acordo com o Danske Bank, as bolsas asiáticas retomaram certo apetite por risco hoje após o sell-off de ontem, induzido por temores de que a variante Ômicron provoque nova desaceleração da atividade.

Afastando a cautela do dia anterior, investidores japoneses acompanharam a aprovação de um novo pacote de gastos fiscais para combater impactos econômicos da covid-19 no país. De acordo com a Dow Jones Newswires, o orçamento foca em medidas contra a pandemia, incluindo vacinas de reforço e medicamentos orais, mas também inclui pagamentos em dinheiro para famílias com dependentes e estímulos para o setor de turismo.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o movimento geral da Ásia e o índice S&P/ASX avançou 0,86%, aos 7.355,00 pontos. Em ata de sua última reunião de política monetária, o banco central da Austrália relatou que a variante Ômicron acrescentou incerteza à perspectiva, mas ressaltou que a cepa não deve impedir o crescimento econômico do país.

Por Gabriel Caldeira

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Estadão Conteúdo

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