Mercados recuam com Ômicron e inflação no radar

Os índices futuros de ações dos Estados Unidos e as bolsas de valores da Europa operavam em queda nesta segunda-feira (20), com investidores preocupados com o impacto da variante Ômicron do coronavírus sobre a economia global, de olho ainda no tom mais duro adotado pelos principais bancos centrais do planeta durante as reuniões da semana passada.

O número de casos de Covid-19 tem crescido na Europa, preocupando autoridades sanitárias e governantes. Na tentativa de conter a disseminação da Ômicron, alguns países têm acelerado a aplicação de doses de reforço da vacina e adotado medidas restritivas, com destaque para a Holanda, que entrou novamente em lockdown neste domingo (19).

O tom mais “hawkish” adotado pelos bancos centrais dos Estados Unidos, da Europa e do Reino Unido também preocupa os investidores, aumentando as apostas por uma aceleração da alta dos juros ao redor do globo. Esse movimento tende a incentivar uma migração de capital da renda variável para a renda fixa, desestimulando o investimento em ativos que oferecem um risco mais alto.

Além disso, os investidores repercutem a fala do senador democrata Joe Manchin, que declarou que não apoiará o pacote de gastos de US$ 2,2 trilhões em educação, saúde e contra mudanças climáticas proposto pelo presidente norte-americano Joe Biden, denominado “Build Back Better Act”.

Brasil

No cenário doméstico, investidores repercutem a reunião, na noite de domingo, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Circula na mídia a possibilidade de uma aliança entre o petista e o ex-tucano para a disputa das eleições de 2022, ainda sem qualquer confirmação oficial.

Além disso, é aguardada a divulgação do Relatório de Mercado Focus do Banco Central (BC), que trará as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira em 2022.

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