Renda Fixa

Taxas do Tesouro Direto sobem com PEC dos Precatórios e Copom no radar

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta terça-feira (7), com foco no impasse da PEC dos Precatórios e na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece entre esta terça e quarta-feira (8).

Após a aprovação da PEC no Senado, o texto deve voltar para apreciação na Câmara dos Deputados. Os senadores propuseram alterações que amarraram o espaço criado no Orçamento pela proposta ao Auxílio Brasil e às despesas previdenciárias, na tentativa de evitar que os recursos fossem utilizados para custear medidas vistas como “eleitoreiras”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, por outro lado, cogita a possibilidade de fatiar a PEC, para garantir que o espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões previsto para 2022 possa ser utilizado sem a vinculação dos gastos aprovada pelo Senado. Esse imbróglio reacende as preocupações dos investidores com a situação fiscal para 2022, e abre caminho para a alta dos juros futuros curtos.

O mercado monitora ainda a reunião do Copom, com expectativa de que a taxa Selic seja elevada em 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano. Outro ponto que merece atenção é o recuo de 0,58% do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em novembro, mais intenso do que a mediana das projeções.

Além disso, o Tesouro Nacional oferta nesta terça-feira, em leilão, títulos públicos do tipo Tesouro IPCA+ com vencimentos para 2024, 2028 e 2040.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 11,04% ao ano, de 11,00% na segunda-feira (6). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,94%, ante 10,88% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,93%, ante taxa de IPCA mais 4,85% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 5,18%, de IPCA mais 5,10% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta terça-feira:

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João Marinho

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