Após duas sessões de queda, as bolsas da Europa voltaram a fechar em alta nesta segunda-feira. No final do pregão, a aceleração das bolsas de Nova York deu novo impulso aos índices europeus. Durante o dia, predominou nos mercados uma maior positividade com relação aos impactos da variante Ômicron na economia.
O analista da CMC Markets, Michael Hewson, destaca que “as preocupações com a Ômicron continuam a diminuir com novas evidências de sintomas leves e, até agora, nenhuma morte relatada por causa da cepa”.
Nesse cenário, o índice Stoxx 600, que mede o desempenho de 600 empresas por todo o continente, subiu 1,28%, para 468,71 pontos.
Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 1,39%, para 15.380,79 pontos, e o CAC 40 subiu 1,48%, para 6.865,78 pontos, em Paris.
A valorização do petróleo ofereceu suporte aos papéis de energia, e ações da BP e Shell subiam 1,82% e 1,66%, respectivamente. O movimento deu força ao índice londrino FTSE 100, que fechou em alta de 1,54%, aos 7.232,28 pontos.
Susan Joho, do Julius Baer, destaca, entretanto, que há sinais iniciais de deterioração para o setor de serviços na Europa, à medida que a próxima onda de covid-19 desencadeou novas restrições.
“A Ômicron continua sendo uma ameaça ainda não visível nos dados. Na Europa surgiram os primeiros sinais de piora da situação para o setor de serviços devido a um novo surto de covid-19”, afirma o analista.
Na Alemanha, as encomendas à indústria da Alemanha tiveram queda de 6,9% em outubro na comparação com setembro deste ano. O dado contrariou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,5%.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 2,16%, a 26.498,07 pontos. Nas praças ibéricas, o PSI 20 avançou 1,72%, a 5.510,33 pontos, e o Ibex 35 subiu 2,40%, a 8.439,70 pontos.
Hewson destaca que os maiores beneficiários do dia estão as ações de viagens e lazer, com o proprietário da British Airways, IAG, ignorando as regras mais rígidas sobre testes e quarentena, em relatos de que a UE poderia considerar flexibilizar as restrições de viagens para a África do Sul na próxima semana.
O vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) para política monetária, Ben Broadbent, disse nesta segunda-feira que o aperto do mercado de trabalho tende a ser mais persistente por causa da inflação.
Por Letícia Simionato
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