Fundos Imobiliários

IFIX opera em queda com receio por PEC dos Precatórios

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em queda nesta terça-feira (23), diante da perspectiva de que a aprovação da PEC dos Precatórios nos moldes atuais pode deteriorar ainda mais a trajetória fiscal do País. O índice fechou em queda de 0,49% na segunda-feira (22), aos 2.581 pontos.

A consultoria de orçamento da Câmara dos Deputados questionou a viabilidade do trecho da PEC que trata da limitação dos pagamentos das sentenças judiciais, o que implica o adiamento do pagamento de parte das dívidas para os anos seguintes. Para os consultores, a medida pode gerar uma dívida de R$ 1 trilhão com precatórios até 2036.

Outro ponto criticado por especialistas é a alteração da regra de cálculo do teto de gastos, vista como uma manobra para abrir espaço no Orçamento para abrigar gastos do governo federal durante o ano eleitoral.

A imprevisibilidade da trajetória fiscal brasileira aumenta a desconfiança do mercado e torna mais difícil avaliar até onde se estenderá a alta da inflação e o consequente aperto monetário via elevação da taxa Selic. Sem conseguir determinar quando deve ser encerrado o atual ciclo de alta dos juros, os investidores, em busca de segurança, intensificam a migração de capital da renda variável para a renda fixa, prejudicando os fundos imobiliários.

Destaques

O Vinci Instrumentos Financeiros (VIFI11), fundo de fundos, liderava as altas do IFIX, subindo 2,21%, aos R$ 73,91. O BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), fundo de papéis, vinha logo em seguida, com avanço de 2,03%, sendo negociado a R$ 89,00. A terceira maior valorização era do Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido, que subia 1,18%, sendo negociado a R$ 17,20.

Na outra ponta, a maior queda era do Santander Renda de Aluguéis (SARE11), fundo híbrido, que caía 4,51%, sendo negociado a R$ 61,99. A segunda maior desvalorização era do Urca Prime Renda (URPR11), fundo de papéis, que recuava 2,30%, sendo cotado a R$ 107,66. Por fim, a terceira maior desvalorização era do More Real Estate (MORE11), fundo de fundos, que recuava 1,87%, sendo negociado a R$ 69,24.

Ao fim da manhã, o IFIX caía 0,27%, aos 2.574 pontos.

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João Marinho

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