Com menos de três meses de operação no Brasil, a startup indiana Byju’s, que é a maior edtech do mundo, alcançou 4,5 mil de alunos de codificação. Porém, como a expectativa em relação à operação brasileira é bem alta, a empresa negocia parcerias com o setor público para expandir a operação.
A Byju’s é uma empresa avaliada em US$ 16,5 bilhões. Como diversas empresas de tecnologia, ganhou muito valor durante a pandemia – desde julho de 2019, triplicou de valor de mercado. A startup é especializada em ensino a distância (EAD). O foco é exclusivo nos jovens entre 8 e 15 anos e em disciplinas como programação, matemática e música.
“Não temos intenção de substituir a escola, que segue fundamental na educação das crianças. A maioria dos nossos cursos é para ser feita de maneira complementar”, afirma Fernando Prado, diretor-geral da subsidiária brasileira da Byju’s.
Além disso, ao contrário das maiores empresas de EAD no Brasil, a empresa não pensa em escalar o negócio por meio de aulas gravadas. Os cursos são feitos no modelo um a um e custam a partir de R$ 599 por mês. A duração varia entre 1 e 18 meses. No entanto, para alcançar um público de renda mais baixa, a companhia começa a testar um modelo com até quatro alunos há pelo menos um mês.
Na Índia, a Byju’s oferece suas aulas de programação a 2 mil escolas. No Brasil, a rota deve ser similar. “Queremos democratizar o ensino e já temos conversas com órgãos no Brasil e vemos como um caminho promissor”, diz Prado. Dessa maneira, a empresa quer chegar a 30 mil alunos nos próximos 12 meses.
MÚSICA
Para o futuro, a empresa também pretende trazer cursos que já são oferecidos em outros países, como cinema, ciências e artes. Por ora, vai investir em cursos de música, como aulas de violão e piano.
Para o professor de empreendedorismo do Insper Marcelo Nakagawa, apesar dessa estratégia significar uma diminuição do potencial de clientes, há um espaço cada vez maior para crescer nessa área. “É uma área cada vez mais valorizada pelos pais, talvez junto com idiomas, natação e educação financeira”, afirma Nakagawa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por André Jankavski
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