O dólar opera em alta diante do fortalecimento dos juros dos Treasuries, que atingiram máximas intradia, e da queda do petróleo e do minério de ferro na China. Persiste ainda cautela com a inflação americana e global e, no Brasil, as incertezas sobre o andamento da PEC dos Precatórios no Senado mantêm o risco fiscal no foco dos investidores.
No exterior, os juros dos Treasuries ganham força na esteira dos fortes índices de preços ao consumidor na zona do euro, Reino Unido e Estados Unidos, onde o CPI de outubro atingiu a maior patamar em três décadas.
O mercado também aguarda uma decisão do presidente norte-americano, Joe Biden, sobre a sucessão no comando do Federal Reserve (Fed, o banco central do país).
Na Turquia, o Banco Central seguiu a diretriz do presidente do país e cortou a taxa básica de juros, de 16% para 15%.
Para a Capital Economics, mesmo com o BC afirmando em seu comunicado que pode interromper o ciclo de relaxamento monetário provavelmente em dezembro, ainda há um grande risco de que a lira recue mais.
Segundo a consultoria, a queda recente da lira será um teste duro para “a capacidade e a disposição” do BC de combater a inflação, que subiu a 19,9% em outubro, na comparação anual.
Às 9h26, o dólar à vista subia 0,36%, a R$ 5,5439. O dólar futuro para dezembro ganhava 0,28%, a R$ 5,5555.
Por Silvana Rocha e Iander Porcella
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