Um ranking global elaborado todos os anos pela consultoria Kearney aponta seis capitais brasileiras entre as cidades mais promissoras do mundo para atrair investimentos. Apesar de todos os problemas sociais e econômicos que se intensificaram em decorrência da pandemia de covid-19, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife figuram entre os 156 melhores destinos com potencial para reter negócios, pessoas e ideias.
São Paulo é a cidade mais bem posicionada entre as brasileiras que aparecem no levantamento e ocupa a 40.ª posição neste ano, ante a 42.ª colocação de um ano atrás, quando tinha caído nove posições na lista em relação ao período anterior. O grande volume de atividades de negócios na capital paulista continua a ser o principal motivo de atração.
O Rio de Janeiro surge em 76.º lugar – ocupava a 72.ª colocação no ano passado e é a segunda cidade brasileira mais promissora do ranking. Belo Horizonte subiu nove posições, passando de 113.ª a 104.ª. Porto Alegre, que em 2020 estava no 116.º lugar, neste ano aparece em 108.º. Salvador é o 124.º melhor destino e Recife permaneceu em 125.º lugar.
Avaliação
O levantamento se baseia em 29 métricas, divididas em cinco temas com diferentes pesos: volume de negócios (30%), capital humano (30%), troca de informações (15%), experiência cultural (15%) e engajamento político (10%). Há ainda outros parâmetros que avaliam as cidades que têm maior potencial para atuarem como a próxima geração de centros globais de negócios.
“O Brasil sempre foi e será um destino atrativo para investimentos, mas é fato que o momento é de cautela. O governo atual previa um mundo de promessas, mas o que vivemos foram três anos de incertezas. A pandemia só amplificou esses efeitos”, diz o consultor Sachin Mehta, sócio da Kearney. “A forma como a economia está sendo dirigida também gera incertezas. Esse cenário faz com que muito investidor pare para pensar, ninguém quer rasgar dinheiro.”
Resiliência
Segundo estudo, apesar de a pandemia ter um impacto mais acentuado nas cidades que lideram o ranking, algumas destas conseguiram se mostrar mais resilientes. Nova York, Londres, Paris e Tóquio mantiveram as quatro primeiras posições no índice, como ocorreu no ano passado. Ocorreram algumas mudanças, porém, nas demais colocações que estão no topo do levantamento.
A cidade americana de Los Angeles se classificou entre os cinco primeiros, ocupando a posição da capital Pequim, devido aos impactos da pandemia e oscilações no cenário do comércio global. A qualidade dos serviços de saúde também teve impacto direto nos resultados de algumas cidades, como São Francisco, nos Estados Unidos. O colapso de seu sistema de saúde durante a pandemia fez a cidade despencar 14 posições, deixando de aparecer entre os 25 destinos mais bem avaliados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por André Borges
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