O dólar opera com queda leve, após oscilar e subir à máxima de R$ 5,4625 nos primeiros negócios, diante da persistente valorização da moeda americana no exterior, que fechou ontem no maior patamar em 16 meses. Lá fora, há especulações sobre uma eventual antecipação do ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) diante de indicadores de atividade fortes e inflação acelerada nos EUA.
Contudo, a moeda perdeu força em meio à alta das commodities – petróleo e minério de ferro -, além dos dados acima do esperado das vendas no varejo e da produção industrial da China em outubro, que geram expectativas favoráveis às exportações brasileiras de commodities para o país asiático.
Os agentes de câmbio olharam também o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br). A atividade econômica brasileira recuou 0,27% em setembro ante agosto, pelo segundo mês consecutivo na série já livre de influências sazonais. Em agosto, a queda havia sido de 0,29% (dado revisado hoje). De agosto para setembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,93 pontos para 138,56 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde dezembro do ano passado (138,27 pontos). O dado reforça a percepção no mercado de que, com a atividade econômica fraca, o BC não precisa ser tão agressivo no aperto da Selic em dezembro.
A queda do IBC-Br ficou levemente melhor que a mediana, de recuo de 0,30%, das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,80% e avanço de 0,20%. Já na comparação com setembro de 2020, houve crescimento de 1,52% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 139,21 pontos em setembro, o melhor desempenho para o mês desde 2014 (148,12 pontos).
Por outro lado, o BC informou que o IBC-Br registrou queda de 0,14% no acumulado do trimestre de julho até setembro na comparação com os três meses anteriores (abril a junho), pela série ajustada sazonalmente. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%. Esta estimativa foi atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em setembro.
Mais cedo, o relatório Focus trouxe ainda piora nas expectativas de inflação e para o PIB do País. Hoje o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento à tarde (14 horas), mas já fez alertas mais cedo sobre a inflação mais pesada e riscos fiscais.
Além disso, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,19% em novembro, após ter recuado 0,31% em outubro, ficando abaixo da mediana, de 1,51%, e mais próximo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 1,12% e 2,05%. A alta de 5,09% no preço da gasolina impediu uma desaceleração mais intensa na inflação ao consumidor dentro do IGP-10.
Às 9h39, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,4410. O dólar futuro para dezembro recuava 0,39%, a R$ 5,4565.
Por Silvana Rocha
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