Ações

Analistas indicam ações para resistir à incerteza fiscal

Diante do clima de instabilidade política e da piora das perspectivas para a situação fiscal brasileira, os analistas André Carvalho, do Bradesco BBI, e José Cataldo, da Ágora Corretora, elencaram 28 ações que, conforme sua avaliação, são as melhores escolhas em seus respectivos setores para resistir às incertezas do cenário atual na Bolsa de Valores.

Os analistas acreditam que a PEC dos Precatórios deve ser aprovada até o fim de novembro ou o início de dezembro, sem sofrer grandes alterações no texto, o que é considerado “um passo importante para definir o novo mix de políticas econômicas”. Por outro lado, Carvalho e Cataldo avaliam que a PEC mina a credibilidade do teto de gastos e desacelera o processo de ajuste fiscal, abrindo espaço para aumento dos gastos públicos nos próximos 10 anos.

Para Ágora e Bradesco BBI, a taxa Selic deve chegar a 11,5% em março de 2022, enquanto o dólar deve se manter entre R$ 5,50 e R$ 5,70 no fim do ano que vem, apesar do aperto monetário conduzido pelo Banco Central (BC). Isso porque os fundamentos da economia brasileira seguem se deteriorando, e o futuro da política econômica é incerto.

Como se posicionar?

O Brasil deve atravessar um momento de alta incerteza até o fim de 2022, com o risco de recessão econômica no radar. As eleições do ano que vem prometem trazer ainda mais volatilidade para os mercados, demandando cautela dos investidores. Para tentar entender quais setores tendem a apresentar um bom desempenho nesse cenário, os analistas observaram o desempenho setorial do índice MSCI Brasil em momentos recentes.

“Em períodos de alta incerteza da política econômica, alguns setores que superaram o índice foram Financeiro, Produtos Básicos de Consumo, Tecnologia, Saúde e Industriais, enquanto Utilities, Telecom, Petróleo e Gás e Mineração & Siderurgia tiveram desempenho inferior.”

De olho nesse contexto, os analistas ressaltam a importância da diversificação como forma de reduzir a volatilidade das carteiras de investimento, e indicam as ações de 28 companhias de 10 setores distintos da Bolsa:

Financeiro: Itaú (ITUB4)

Varejo: Lojas Renner (LREN3), Centauro (SBFG3), Alpargatas (ALPA4) e Assaí (ASAI3)

Materiais: Suzano (SUZB3), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3)

Transportes e Bens de Capital: Santos Brasil (STBP3), Embraer (EMBR3), Weg (WEGE3) e Rumo (RAIL3)

Petróleo e Gás: PetroRio (PRIO3), Vibra (VBBR3) e Petrobras (PETR4)

Alimentos e Bebidas: Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3) e M. Dias Branco (MDIA3)

Saúde: Hapvida (HAPV3)

Tecnologia e Telecom: Totvs (TOTS3)

Utilities: Alupar (ALUP11), Cteep (TRPL4), Neoenergia (NEOE3), Engie (EGIE3), Cesp (CESP6)

Imobiliário: MRV (MRVE3), Multiplan (MULT3) e Aliansce Sonae (ALSO3)

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João Marinho

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