Economia

Economia digital expande-se no Brasil em ritmo acelerado, diz Guedes

O comércio digital se expande em ritmo acelerado no Brasil, mesmo como o país saindo da pandemia, disse nesta segunda-feira, 8, o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele enalteceu a marca de R$ 35 bilhões em vendas no segmento digital de janeiro a março, com aumento de 72% em relação ao mesmo período de 2020.

“Essa economia digital regional tem enorme potencial de desenvolvimento. Expande-se no Brasil em ritmo muito acelerado, é o quarto país do mundo e o segundo do hemisfério sul”, afirmou Guedes em seu discurso de abertura no seminário “O papel do Mercosul na promoção do comércio eletrônico transfronteiriço e na construção do mercado digital regional”.

O ministro também celebrou a sétima colocação do Brasil no índice GovTech Maturity 2020, do Banco Mundial, que avaliou a maturidade em governo digital de 198 economias globais. No ranking, o País ficou atrás de Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e Reino Unido. “É o único país grande com essa maturidade digital atingida, à frente de Estados Unidos, Canadá”, disse Guedes.

OPORTUNIDADE

A transformação digital dá ao Mercosul uma segunda grande oportunidade na corrida de integração global, disse Paulo Guedes. Ele destacou que o bloco foi criado como ferramenta para auxiliar a integração competitiva da região antes de iniciativas como a zona do euro, a área norte-americana de livre comércio ou a Aliança do Pacífico, mas depois ficou atrás.

“Temos agora a segunda grande oportunidade de relançamento de nossas plataformas no digital. Essa oportunidade para modernização do Mercosul tem de incluir a pegada digital, que transforma nosso mercado em extraordinariamente atraente, e ao mesmo tempo moderno, para que sigamos no projeto de integração global”, afirmou o ministro em seu discurso de abertura no seminário.

Guedes acrescentou que a modernização do Mercosul também passa por ajustes tarifários, e ressaltou que teve apoio dos parceiros do bloco para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC), ainda que de forma temporária. “É importante ter atenção às necessidades internas, de forma a reduzir custos de itens essenciais para a população brasileira”, justificou.

Por Guilherme Bianchini e Cícero Cotrim

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Estadão Conteúdo

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