Apesar do momento negativo para as empresas do setor de mineração e siderurgia, a equipe de análise do Inter avalia que as ações da CSN (CSNA3) e da CSN Mineração (CMIN3) têm potencial de valorização de mais de 100% na B3.
Após um período de resultados recorde, as siderúrgicas e as mineradoras viram seus lucros caírem, devido à queda vertiginosa dos preços do minério de ferro no mercado internacional. A commodity, que chegou a ser negociada a mais de US$ 230 por tonelada, vem sendo cotada abaixo de US$ 100 nos portos chineses nas últimas semanas, em reflexo das restrições do governo chinês à produção de aço e da crise do mercado imobiliário da segunda maior economia do mundo.
Esse fenômeno fez com que os preços das ações de mineradoras e siderúrgicas listadas na B3 também caíssem. Os papéis da CSN, que no dia 29 de julho eram cotados a R$ 48,13, fecharam o pregão do dia 3 de outubro sendo negociados a R$ 22,09. As ações da CSN Mineração, por sua vez, saíram de R$ 9,48 para R$ 5,21 no mesmo intervalo.
CSN
Na visão da analista Gabriela Cortez Joubert, da Inter Research, os impactos negativos da mineração sobre a CSN devem ficar concentrados neste trimestre. O banco vislumbra uma demanda ainda robusta no segmento siderúrgico, especialmente no mercado interno, o que deve sustentar o bom desempenho da companhia. Além disso, Joubert destaca como pontos positivos a estratégia de expansão da CSN no segmento de cimento e a dívida líquida abaixo do guidance para o ano.
A recomendação do Inter para os papéis da CSN é de “compra”, com preço-alvo de R$ 51 ao fim de 2022, o que corresponde a um potencial de valorização de 131%.
CSN Mineração
A analista avalia que os resultados da CSN Mineração referentes ao terceiro trimestre deste ano vieram aquém da capacidade da empresa, e acredita que a companhia deve seguir cumprindo seu cronograma de expansão.
A recomendação do Inter para os papéis da CSN é de “compra”, com preço-alvo de R$ 15 ao fim de 2022, o que corresponde a um potencial de valorização de 188%.
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