A Eneva registrou lucro líquido de R$ 362,6 milhões no terceiro trimestre do ano, uma alta de 552,7% em relação ao mesmo período do ano passado, impactado, principalmente, pelo aumento do despacho térmico motivado pela crise hídrica, já que a remuneração da empresa acaba sendo maior em função da energia gerada.
Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eneva, Marcelo Habibe, o resultado da companhia veio muito forte e a perspectiva é de melhora à frente. “Continuamos despachando todas as térmicas, elas ficaram e ficarão ligadas gerando na potência máxima”, explicou o executivo, em entrevista exclusiva para o Broadcast Energia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 97,5% no período, ante o terceiro trimestre do ano passado, para R$ 547,4 milhões. O Ebitda ajustado – que exclui o impacto dos poços secos -, foi de R$ 572,7 milhões, uma elevação de 98,6% na mesma base de comparação. A margem Ebitda, excluindo poços secos, alcançou 37,5% no trimestre, uma queda de 13,8 pontos porcentuais (p.p) na base anual.
Habibe disse ainda que o aumento de quase 100% do Ebitda no período é fruto do despacho térmico e a grande quantidade de geração de energia, com a linha registrando um recorde para um terceiro trimestre.
No período, a Eneva obteve receita líquida de R$ 1,528 bilhão, valor 171,9% maior que o visto no mesmo período de 2020.
Em relação ao endividamento, a dívida líquida da companhia era de R$ 5,9 bilhões ao final do terceiro trimestre, uma alta de 23,5% ante o mesmo intervalo do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda, era de 3,0 vezes, uma queda de 4,6% ante o mesmo período do ano anterior.
Azulão
Em relação ao projeto integrado Azulão-Jaguatirica, Habibe afirmou que a usina está em fase final de testes e deve iniciar a operação no final de novembro ou começo de dezembro. “Tudo indo muito bem para nas próximas semanas iniciar a operação comercial.”
A usina realiza a exploração do gás natural, liquefação, estocagem e envio das cargas do produto para o Estado de Roraima, e tem como objetivo abastecer a termelétrica de Jaquatirica II, usina que foi viabilizada no leilão para atendimento dos sistemas isolados.
Por Leandro Tavares
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