Mercados

Bolsas de NY fecham sem sinal único, mas S&P 500 e Nasdaq renovam recordes

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, mas com dois dos principais índices em nível recorde. Depois da reação positiva à decisão de política monetária de quarta-feira do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta quinta-feira o foco foi uma redução nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que elevou as expectativas pelo relatório de empregos (payroll) de outubro, que sai na sexta-feira.

No fechamento, o Dow Jones caiu 0,09%, a 36.124,23 pontos, o S&P 500 subiu 0,42%, ao recorde de 4.680,06 pontos, e o Nasdaq avançou 0,81%, à máxima histórica de 15.940,31 pontos.

“Os mercados dos EUA retomaram hoje de onde pararam ontem, atingindo novos recordes depois que os pedidos de seguro-desemprego semanais caíram ainda mais para 269 mil”, afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson. “Essa melhoria contínua nos mercados de trabalho é um bom presságio para o payroll dos EUA de amanhã.”

Segundo a mediana das previsões de 26 analistas consultados pelo Projeções Broadcast, a economia americana criou 400 mil emprego no mês passado. As estimativas vão de 300 mil a 680 mil vagas geradas.

Em comunicado nesta tarde, o presidente americano, Joe Biden, disse que ainda há “muito o que fazer” para completar a recuperação econômica, mas que houve progresso “forte”. Em meio a dificuldades para aprovar sua agenda econômica no Congresso, ele comemorou a queda nos pedidos de benefícios a desempregados.

Para o chefe da Casa Branca, à medida que os casos de covid-19 diminuem, fica “claro” que os EUA estão em meio a uma retomada econômica “histórica”.

No noticiário corporativo, a ação da Merck & Co. se valorizou 2,10% após a pílula anticovid desenvolvida pela farmacêutica receber aval para uso no Reino Unido. O papel da Moderna, por outro lado, caiu 17,89% após a divulgação do balanço. A biofarmacêutica americana, um dos principais produtores mundiais de vacinas contra a covid-19, teve lucro líquido de US$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre, ante prejuízo de US$ 233 milhões em igual período do ano passado, mas o resultado ficou abaixo do esperado por analistas.

Por Iander Porcella

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Estadão Conteúdo

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