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Bolsas de NY fecham em alta e renovam recordes, impulsionadas por Fed e Powell

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 3, em uma sessão na qual firmaram alta após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e comentários do presidente da autoridade, Jerome Powell. Apesar do anúncio da redução da compra de títulos pelo banco central, a avaliação por parte dos dirigentes de que a ameaça de alta da inflação é temporária reforçou o sentimento de que o Fed seguirá com uma postura acomodatícia. O impulso levou Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a renovarem máximas histórias de fechamento.

O índice Dow Jones encerrou em alta de 0,29%, a 36.157,58 pontos, o S&P 500 avançou 0,65%%, a 4.660,57 pontos e o Nasdaq ganhou 1,04%, a 15.811,58 pontos.

Na coletiva, Powell disse que o foco da reunião desta semana foi o tapering, e não uma possível elevação da taxa básica de juros. O dirigente afirmou ainda que o apoio à recuperação da economia continuará. A Capital Economics observou um tom “surpreendentemente” dovish na postura do Fed, e não espera uma alta de juros antes do começo de 2023. A percepção de que a alta na inflação nos Estados Unidos é majoritariamente transitória sugere que a ala dovish segue comandando a autoridade, avalia a consultoria.

As bolsas chegaram a operar sem sinal único antes da decisão do Fed, em dia com uma menor quantidade de balanços publicados. Sobre a temporada, o Julius Baer avalia que as empresas continuaram a entregar resultados surpreendentemente fortes no terceiro trimestre, apesar dos ventos contrários da variante delta e dos problemas nas cadeia de suprimentos. No entanto, “o próximo trimestre se traduzirá em um cenário mais desafiador”, já que as questões no fornecimento provavelmente se intensificarão enquanto o ímpeto econômico desacelera ainda mais, projeta o banco.

Entre os destaques de alta, a Tesla avançou 3,57%, com a empresa ainda repercutindo um potencial acordo com a Hertz para venda de carros. Outras companhias de tecnologia registraram importantes avanços, como Amazon (+2,10%) e Facebook (+1,10%). Por outro lado, a queda no preço do barril de petróleo, enquanto o mercado aguarda a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) amanhã, pressionou empresas do setor. Chevron (-0,72%), ExxonMobil (-1,36%), ConocoPhillips (-0,40%) e Occidental Petroleum (-1,50%) recuaram.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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