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Níquel de baixo carbono aproxima a Vale do mercado de veículos elétricos dos EUA e Europa

O níquel de baixo carbono produzido pela Vale na costa leste do Canadá está pronto para fornecer energia à próxima geração de veículos elétricos a bateria na América do Norte e na Europa, informou hoje a companhia. A mineradora anunciou nesta manhã que a empresa Intertek, líder em garantia, teste, inspeção e certificação de produtos, com sede em Londres, na Inglaterra, concedeu verificação independente para a pegada de carbono referente ao níquel produzido na refinaria de Long Harbour, em Newfoundland, no Canadá.

O níquel de Long Harbour apresentou uma pegada de carbono de 4,4 toneladas de CO2 equivalente por tonelada de níquel em 2020, último ano completo para o qual há dados disponíveis. Tal resultado se compara à média do Nickel Institute para o níquel da Classe 1, de 13 toneladas de CO2 equivalente, e 45 toneladas para a Classe 2, de acordo com a mineradora.

“A baixa pegada de carbono em Long Harbour posiciona muito bem a Vale no setor de veículos elétricos, na América do Norte e além”, afirma o vice-presidente executivo de Metais Básicos, Mark Travers.

“Esta verificação demonstra que estamos entregando produtos de baixo carbono, além do nosso comprometimento com a transparência e com uma gestão responsável das nossas emissões”, reforça a vice-presidente executiva de Sustentabilidade, Maria Luiza Paiva.

Segundo a Vale, a pegada de carbono foi medida de acordo com o Product Life Cycle Accounting and Reporting Standard, do GHG Protocol, padrão utilizado mundialmente para quantificação e gerenciamento de emissões de gases de efeito estufa. A Vale avalia a pegada de carbono usando o padrão cradle-to-gate (do berço ao portão), abrangendo as emissões de escopo 1 e 2 geradas durante a mineração, moagem e refino, assim como as emissões de escopo 3 da produção de insumos. O inventario de emissões de carbono da Vale também é verificado externamente.

Em operação desde 2014, a refinaria de Long Harbour produz níquel usando hidrometalurgia em vez de pirometalurgia, ou seja, sem fundições ou chaminés. Segundo a Vale, isto proporciona menor emissão de gases de efeito estufa, redução de custos e maior recuperação de subprodutos valiosos, como o cobalto.

A Vale fará investimentos entre US$ 4 bilhões e 6 bilhões para reduzir em 33% as emissões dos escopos 1 e 2 até 2030 e também tem como meta reduzir em 15% as emissões líquidas de escopo 3 até 2035. “Tais iniciativas fazem parte do compromisso da empresa de se tornar carbono neutra em 2050.

“A Vale tem os produtos e as credenciais ESG para ajudar a impulsionar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos de veículos elétricos. Os clientes, neste mercado de rápido crescimento, querem alta pureza, de uma fonte de níquel ambientalmente responsável. E isto a Vale está pronta para fornecer”, ressalta Travers.

Por Wagner Gomes

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Estadão Conteúdo

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