O Tesouro Nacional encerrou setembro com R$ 1,128 trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 8,08% menor em termos nominais que o R$ 1,227 trilhão que estavam na reserva em agosto. O montante ainda é 48,68% maior que o observado em setembro de 2020 (R$ 758,75 bilhões).
A divulgação do valor exato do “colchão da dívida” foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.
No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida até acima do observado em 2019, após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano. O objetivo agora é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.
O Tesouro Nacional ressalta ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.
Por Lorenna Rodrigues
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