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IFIX recua com perspectiva de aperto monetário mais rigoroso

O momento pode representar uma oportunidade de entrada para investidores com visão de longo prazo (Foto: Shutterstock)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em queda nesta terça-feira (26), diante da perspectiva de que o ciclo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central (BC) se torne mais agressivo com o rompimento do teto de gastos. O índice fechou em queda de 0,16% na véspera, aos 2.708 pontos.

Após o anúncio da polêmica manobra do governo federal para driblar o teto de gastos na semana passada, o mercado revisou suas projeções para a inflação, para os juros e para o crescimento da economia brasileira. Diante da perspectiva de alta da inflação, em decorrência do rompimento do teto de gastos para a implementação do programa Auxílio Brasil com valor médio de benefício de R$ 400, economistas e analistas começam a apostar em uma elevação da taxa Selic entre 1,25 e 1,5 ponto percentual após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se encerra na quarta-feira (27).

Giuliano Bandoni, gestor de fundos imobiliários da Rio Bravo, avalia que o rompimento do teto não tem uma influência direta nos fundamentos do mercado de fundos imobiliários, mas a perspectiva de que a taxa Selic ao fim do ciclo de aperto monetário deva superar o patamar estimado pelo mercado contribui para a migração de recursos da renda variável para a renda fixa.

“O que acontece é que, como com qualquer outra notícia econômica negativa, [o rompimento do teto] traz volatilidade para o mercado, gerando um movimento de aversão ao risco. Os investidores ficam mais receosos e fazem uma migração de seu capital para ativos menos arriscados”, complementa o gestor.

Por outro lado, as quedas nos preços das cotas dos fundos imobiliários fazem com que o dividend yield (rendimento do dividendo) médio do IFIX continue mais atrativo do que o rendimento do título público Tesouro IPCA+ 2035, indexado à inflação. Tendo isso em mente, Giuliano Bandoni destaca que os fundos imobiliários são veículos de investimento de longo prazo, e que a queda dos preços das cotas negociadas no mercado secundário podem representar uma oportunidade de entrada para os investidores.

Destaques

O SDI Rio Bravo Renda Logística (SDIL11), do segmento de galpões logísticos, liderava as altas do IFIX, subindo 1,17%, aos R$ 84,68. O HSI Log (HSLG11), do mesmo segmento, vinha logo em seguida, com avanço de 1,11%, sendo negociado a R$ 90,50. A terceira maior valorização era do BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), fundo de papéis, que subia 0,92%, sendo negociado a R$ 91,04.

Na outra ponta, a maior queda era do Brasil Plural Absoluto (BPFF11), fundo de fundos, que caía 2,52%, sendo negociado a R$ 64,84. A segunda maior desvalorização era do Hedge Brasil Shopping (HGBS11), que recuava 2,39%, sendo cotado a R$ 181,31. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Green Towers (GTWR11), do segmento de lajes corporativas, que caía 2,15%, sendo negociado a R$ 84,09.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,13%, aos 2.704 pontos.

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