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IPCA para 2021 sobe de 8,69% para 8,96%, prevê Focus

Após as manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família a R$ 400, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 piorou significativamente e também já começaram a aparecer sinais de desancoragem mais ampla, com as estimativas para 2023 e 2024 também superando o centro das metas estabelecidas.

A estimativa mediana para 2021 saltou 0,27 ponto porcentual, de 8,69% para 8,96%, a 29ª alta consecutiva, conforme o Relatório Focus, cada vez mais distante do teto da meta (5,25%) a ser perseguida pelo Banco Central (BC). Há um mês, estava em 8,45%. A projeção para o índice em 2022, foco do BC, também continuou subindo, de 4,18% para 4,40%, 14º aumento seguido. Quatro semanas atrás, estava em 4,12%.

Considerando as 104 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o IPCA de 2021 passou de 8,79% para 9,05%, indicando que a tendência é de alta. Para 2022, também foram feitas 104 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa variando de 4,22% para 4,50% – mais próximo do teto da meta (5,00%) do que do centro (3,50%).

O relatório Focus trouxe ainda nesta segunda-feira, 25, a expectativa para o IPCA em 2023, que subiu de 3,25% para 3,27%. No caso de 2024, a previsão passou de 3,00% para 3,02%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente.

A meta para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 o objetivo é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em outubro de 2021, de alta de 0,61% para 0,79%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,53%.

Para novembro, a projeção no Focus passou de alta de 0,41% para 0,51%, enquanto, para dezembro, a estimativa subiu de 0,60% para 0,64%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,40% e 0,60%, nesta ordem.

A inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de alta de 4,55% para 4,90% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,83%.

Por Thaís Barcellos

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Estadão Conteúdo

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