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Inflação está elevada e há riscos de mais altas, mas perderá fôlego, diz Powell

Powell considerou que seria "prematuro" elevar juros agora (Foto: Divulgação)

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta sexta-feira que a inflação nos Estados Unidos atualmente está “bem acima da meta”, com risco de que suba mais. Durante evento virtual do Banco Central da África do Sul, porém, Powell considerou que seria “prematuro” elevar juros agora, além de reafirmar que a redução nas compras de bônus (“tapering“) deve começar “em breve” e ser concluída em meados de 2022.

Powell disse haver “riscos claros de problemas persistentes de gargalos” na produção, que “têm piorado”, o que afeta a trajetória inflacionária. Ele previu que o problema deve melhorar adiante, mas disse não ser possível precisar exatamente quando.

Para o presidente do Fed, as metas do Fed para inflação e emprego estão atualmente em “certa tensão”, já que os preços estão elevados, mas o mercado de trabalho está longe do “máximo emprego” almejado pelo BC. Segundo Powell, é “bem possível” que a meta do Fed para o emprego seja alcançada no próximo ano.

Sobre a inflação, o dirigente previu que ela seguirá elevada até bem entrado 2022, mas voltará adiante para “perto” da meta de 2%. Os preços devem seguir elevados mais tempo do que o esperado inicialmente, disse. Caso existam riscos de inflação elevada e persistente, o Fed agirá para contê-la, garantiu.

Powell notou ainda que a variante delta da covid-19 desacelerou a economia americana no terceiro trimestre. Com isso, o PIB do país deve ser mais fraco do que o antes projetado. O dado será publicado na próxima semana.

Também presente no evento, o gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Agustín Carstens, tratou do problema da inflação global. Segundo ele, há atualmente muitas pressões globais sobre os preços, mas elas “devem ser transitórias”.

Ele destacou igualmente a recuperação irregular das economias pelo mundo e também o quadro desigual na inflação, com “países evoluindo em ritmos diferentes”, seja pelo acesso desigual a vacinas contra a covid-19, seja pelo espaço para a adoção de políticas de apoio.

Por Gabriel Bueno da Costa

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