O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que para lançar o Auxílio Brasil de R$ 400, o governo fará uma “sincronização” de ajustes de salário, ou pedirá uma licença para gastar cerca de R$ 30 bilhões, que estariam fora do teto de gastos. “Estamos buscando formatação final dos R$ 400. Precisamos de olhar de mais compromisso fiscal, e de equilíbrio”, afirmou.
Guedes participou do Fórum Incorpora 2021, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). A fala do ministro estava prevista para ocorrer presencialmente, em São Paulo, mas, em meio às negociações do novo Auxílio Brasil, Guedes ficou em Brasília e participou remotamente.
Ele voltou a lamentar o fato de o Senado não ter aprovado ainda a reforma do Imposto de Renda, enviada pelo Executivo e disse que isso impede a criação do Auxílio Brasil permanente. “Se a política quisesse, faria reforma do IR e nos daria programa permanente”, completou. “Quem tem voto é a política. Não é primeira nem última vez que economia é só olhar técnico.”
No evento, o ministro disse ainda que o atual governo quer ser “reformista e popular, e não populista”. “Governos populistas estão desgraçando seus povos na América Latina”, acusou.
Mercado de carbono
O ministro da Economia disse ainda que o governo aproveitará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, para “relançar” a economia brasileira no exterior. A COP-26 acontecerá entre 31 de outubro e 12 de novembro na Escócia. “Vamos entrar no mercado de carbono, vamos lançar cédula verde”, afirmou.
No evento da Abrainc, o ministro disse ainda que o impacto da inflação ocorre no mundo inteiro. “50% da inflação mundial é comida e energia”, completou.
Por Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues
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