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Fundo canadense e Votorantim criam empresa de energia de R$ 17 bi

O fundo de pensão canadense CPPIB e a Votorantim S.A. decidiram juntar seus ativos no setor e criar uma empresa avaliada em R$ 17 bilhões e com faturamento de R$ 6 bilhões. A nova companhia vai incluir negócios da Votorantim Energia, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e outros ativos nos quais as duas partes são sócias.

Também faz parte da transação a Votorantim Comercializadora de Energia – Votener, que em 2020 negociou 2,6 gigawatt (GW) médios. No total, a nova empresa terá capacidade de 3,3 GW, sendo 70% de fonte hídrica e 30% de eólica.

A hidrelétrica Porto Primavera, de 1.540 MW, será um dos principais ativos do portfólio da empresa. A usina fazia parte da estatal paulista, arrematada em 2018 pelo consórcio formado pela Votorantim e pelo CPPIB, por R$ 1,7 bilhão. Além da Cesp, as duas empresas também tinham uma joint venture, a VTRM, criada em 2017 para investir em geração.

Com a junção dos ativos, a Votorantim terá 38% de participação na companhia, enquanto a CPPIB ficará com 32,1% e os minoritários, com 29,9%. Para chegar a essa formação, o fundo canadense vai aportar R$ 1,5 bilhão na nova empresa.

Segundo o chefe de investimentos na América Latina da companhia canadense, Rodolfo Spielmann, os recursos serão usados para aquisição ou construção de novos projetos, sobretudo de energia solar. O objetivo é apostar nas usinas centralizadas (grandes parques) e diversificar o portfólio da empresa, que vai integrar o novo mercado da B3, a Bolsa paulista.

REORGANIZAÇÃO

O negócio envolve ainda uma reorganização societária das ações da Cesp. A proposta foi encaminhada ao conselho de administração da companhia e depende da formação de um comitê independente nos termos da CVM e da aprovações de órgãos reguladores.

Quando o processo for concluído, os minoritários da Cesp passarão a ser acionistas da nova empresa, que vai controlar integralmente a companhia paulista.

Outra novidade, de acordo com Spielmann, é que os dois acionistas vão criar uma desenvolvedora de novas tecnologias para a transição energética, como baterias e hidrogênio verde. Essa unidade será um braço de desenvolvimento da nova empresa. “O benefício desse processo é que a nova companhia estará mais capitalizada para investir, terá uma governança diferente e estará listada no novo mercado”, diz o executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Renée Pereira

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Estadão Conteúdo

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