A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central (BC), Fernanda Guardado, destacou que o Brasil e o mundo observaram em 2021 como eventos climáticos extremos podem ter impacto forte no mandato dos bancos centrais. “Aqui vimos onda de frio e crise hídrica que prejudicou nossa produção de eletricidade. Esses eventos estão todos interconectados. Temos que ir em frente”, disse, sobre a urgência da agenda de sustentabilidade.
Fernanda Guardado participa, por videoconferência, da sessão pública do XXXI Encontro de Lisboa, promovido pelo Banco de Portugal, para discussão de assuntos de sustentabilidade junto a bancos centrais da comunidade de língua portuguesa.
A diretora ainda citou as iniciativas da agenda de sustentabilidade do BC, como a ampliação de divulgação de informações por instituições financeiras, com base nas recomendações da força tarefa sobre informações financeiras relacionadas ao clima (TCFD, na sigla em inglês) e a criação do Bureau de Crédito Rural Sustentável, previsto para dezembro do ano que vem.
Segundo ela, o bureau de crédito rural verde irá não só aumentar o crédito sustentável, mas permitir acesso dos produtores a crédito mais barato. Guardado ainda citou que o esforço na agenda de sustentabilidade não parte só do BC, mas também é pensado pelo sistema financeiro. “O sistema bancário no Brasil também está se movendo para crédito mais sustentável.”
Por Thaís Barcellos
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