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Elfa Medicamentos compra Descarpack por quase R$ 1 bi

A empresa de logística para saúde Elfa comprou a Descarpack, que fabrica luvas, aventais, tocas, seringas, agulhas e outros itens chamados “consumíveis”, por R$ 942,766 milhões. Com a aquisição, a empresa passa a ter faturamento anualizado de R$ 7,5 bilhões.

A aquisição será feita em parte com dinheiro e em parte com troca de ações. O equity value será poderá ser pago de acordo com dois cenários: o primeiro, se a Elfa realizar uma oferta pública de ações na B3, fará com que a Descarpack seja transformada em sociedade por ações e será vendida por R$ 674,9 milhões, o equivalente a 92,8% da participação, enquanto os 7,2% restantes, avaliados em R$ 52,066 milhões, serão incorporadas à companhia. Neste caso, o pagamento dos R$ 215,8 milhões que faltariam será condicionado ao cumprimento de metas definidas no contrato de compra.

O outro cenário prevê que, caso a Elfa não realize a oferta de ações, pagará R$ 514,270 milhões para comprar 78,1% do capital da Descarpack, enquanto o restante da participação, avaliado em R$ 159,329 milhões, será contribuído pelos vendedores em aumento de capital da companhia. Neste caso, a empresa comprada receberá um valor adicional de R$ 53,366 milhões caso uma oferta pública de ações seja concluída entre a data de fechamento e 31 de dezembro de 2022. Também vale aqui o pagamento de R$ 215,8 milhões condicionado a metas.

Adicionalmente, também está previsto o pagamento de um preço de aquisição contingente, no valor de até R$ 70 milhões, caso a Descarpack atinja determinadas metas financeiras em 2022. O valor total da operação será de até R$ 1,062 bilhão (equity value).

A compra da Descarpark foi a 19ª feita pela Elfa, desde que a empresa passou a ser administrada pelo fundo Pátria, em 2014. De distribuidora regional, com sede em João Pessoa (PB) e faturamento de R$ 400 milhões à época, a empresa tornou-se uma das maiores da área, com 36 centros de distribuição, presença em todos os Estados e 11% de participação de mercado.

A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Por Cristiane Barbieri e Luísa Laval

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Estadão Conteúdo

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