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IFIX sobe com shoppings e fundos de fundos descontados

O momento de alta volatilidade é visto como uma oportunidade de entrada para investidores com visão de longo prazo (Foto: Freepik)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em alta nesta quarta-feira (13), com investidores mais confiantes com a retomada dos segmentos de shopping centers e lajes corporativas, de olho também nos descontos oferecidos pelos fundos de fundos.

O mercado de fundos imobiliários passa por um momento de alta volatilidade, após perdas recentes em decorrência da alta dos juros no País. Ainda assim, de acordo com a análise de Giuliano Bandoni, gestor de fundos imobiliários da Rio Bravo, o spread, que é a comparação entre o dividend yield médio do IFIX e os rendimentos do título público Tesouro IPCA+ 2035, está em 4,55%, muito acima da média histórica, que gira em torno de 3,1% a 3,2%.

Esse dado pode indicar que o mercado de fundos imobiliários está “barato”, uma vez que a rentabilidade segue atrativa em comparação com o juro real no longo prazo. Além disso, Bandoni destaca que os setores de shoppings e escritórios passam por um período de recuperação, conforme a vacinação contra a Covid-19 avança no Brasil e as restrições impostas aos estabelecimentos e empresas são reduzidas. Os shoppings já operam em condições normais, com fluxo de clientes e resultados financeiros semelhantes aos observados antes da pandemia, enquanto a vacância das lajes corporativas deve diminuir em 2022, com a volta das empresas para os escritórios.

Outro segmento que merece destaque é o de fundos de fundos, que conta com um desconto duplo na avaliação do gestor. Giuliano Bandoni observa que os fundos desse segmento estão sendo negociados com desconto médio de, aproximadamente, 10% em relação ao seu valor patrimonial por cota, ao mesmo tempo em que grande parte dos fundos que compõe os portfólios dos FOFs também estão descontados.

Destaques

O HSI Logística (HSLG11), do segmento de galpões logísticos, liderava as altas do IFIX, subindo 1,66%, aos R$ 91,51. O Vinci Instrumentos Financeiros (VIFI11), fundo de fundos, vinha logo em seguida, com avanço de 1,23%, sendo negociado a R$ 77,84. A terceira maior valorização era do CSHG Renda Urbana (HGRU11), fundo híbrido, que subia 1,12%, sendo negociado a R$ 113,28.

Na outra ponta, a maior queda era do Bluemacaw Renda+ (BLMR11), fundo de fundos, que caía 2,5%, sendo negociado a R$ 7,77. A segunda maior desvalorização era do Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11), fundo de papéis, que recuava 1,45% sendo cotado a R$ 111,80. Por fim, a terceira maior desvalorização era do XP Corporate Macaé (XPCM11), proprietário de um imóvel corporativo situado em Macaé, no Rio de Janeiro, que caía 0,91%, sendo negociado a R$ 24,90.

Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,14%, aos 2.730 pontos. O índice fechou em alta de 0,39% na segunda-feira (11), aos 2.727 pontos.

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