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BRF investe em análise e prevê mitigar cerca de R$ 12,5 mi em fraudes em 2 anos

A BRF informou nesta sexta-feira que está aprimorando seus processos internos para evitar fraudes digitais e que a área de Compliance da empresa investirá R$ 1,5 milhão até 2023 no Sykn, Software as a Service (SaaS), criado pelo Centro de Excelência (CoE) da Votorantim, que tem como objetivo criar abordagens preventivas e analisar cenários de risco.

A expectativa é de mitigar cerca de R$ 12,5 milhões em fraudes nos próximos dois anos, utilizando a tecnologia. Em operação desde agosto, o sistema possui uma capacidade 20 vezes maior para analisar dados, agilizando a identificação de irregularidades. Esse investimento é parte dos R$ 700 milhões que serão direcionados para iniciativas de transformação digital da companhia até 2025.

Em nota, Reynaldo Goto, diretor de Compliance da BRF, diz que a tecnologia é fundamental para deixar a operação cada vez mais eficiente, combinando inteligência, velocidade e capacidade analítica. O software cria, em média, 22 mil alertas mensalmente, considerando oito cenários e analisando mais de 2 mil fornecedores.

O executivo explica que com o porte e o volume de negócios da BRF, a ferramenta ajudará, por exemplo, a criar cenários para cerca de 200 mil transações diárias de pagamento da companhia, cruzando cada CNPJ com listas restritivas públicas. Ao encontrar irregularidades, o sistema cria um alerta para que possamos atuar de forma precisa e preventiva.

Irineu Camanho, do Centro de Excelência Votorantim, conta que o produto foi criado primeiramente para atender os clientes internos, mas dado o retorno financeiro obtido, o Centro de Excelência a empresa decidiu oferecer a plataforma para o mercado. “O Sykn é uma solução abrangente que pode ser utilizada em diversas frentes e propósitos, com foco no fortalecimento do ambiente de controles e redução de perdas operacionais nos processos de negócios das empresas. No caso da BRF, apoiamos a área de Compliance na agilidade de suas análises e tomada de decisões relativas as operações transacionais que podem oferecer riscos”, explica.

A BRF lembra que nos últimos anos a empresa tem realizado importantes ações e melhorias voltadas para controles de risco e fraudes digitais, em âmbitos nacional e internacional. Os investimentos foram concentrados, principalmente, na automatização de processos e controles transacionais, desenvolvimento de treinamentos e capacitação do time de Compliance e na contratação de novas ferramentas. Como resultado dessa evolução, entre 2019 e 2021, o controle de risco aumentou em 24% ano a ano e foi possível mitigar mais de R$ 39 milhões em fraudes.

Por Beth Moreira

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Estadão Conteúdo

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