Fundos Imobiliários

IFIX opera em queda de olho no resultado do varejo

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em leve queda nesta quarta-feira (6), incapaz de se recuperar das perdas dos últimos meses em meio ao clima de incerteza predominante no mercado brasileiro. O índice fechou em alta de 0,2% na terça-feira (5), praticamente estável, aos 2.708 pontos.

Apesar de os fundos imobiliários ainda apresentarem uma rentabilidade média mais alta do que o juro real, os investidores continuam de olho no risco fiscal e na deterioração das perspectivas para a economia brasileira, repercutindo o fraco desempenho do varejo, que registrou queda de 3,1% nas vendas em agosto na comparação com o mês anterior. O recuo de 3,1 pontos do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), aos 87 pontos,  é outro dado que traz preocupação com o ritmo de recuperação da atividade econômica no Brasil.

Os investidores mais cautelosos têm evitado se expor aos segmentos que têm se mostrado mais voláteis, com destaque para os fundos de fundos, cuja rentabilidade depende parcialmente da valorização de cotas de outros FIIs. O segmento de lajes corporativas também passa por um período turbulento, com taxas de vacância ainda elevadas e muitos fundos sendo negociados a preços substancialmente inferiores ao seu valor patrimonial por cota, o que é visto pelos investidores mais propensos ao risco como uma oportunidade de entrada.

Destaques

O Rb Capital I (RFOF11), fundo de fundos, liderava as altas do IFIX, subindo 2,89%, aos R$ 79,33. O Autonomy Edifícios Corporativos (AEIC11), do segmento de lajes corporativas, vinha logo em seguida, com alta de 2,11%, sendo negociado a R$ 80,67. A terceira maior valorização era do Vinci Logística (VILG11), do segmento de galpões logísticos, que subia 1,52%, sendo cotado a R$ 102,35.

Na outra ponta, a maior queda era do SP Downtown (SPTW), que investe em lajes corporativas, que caía 2,33%, sendo negociado a R$ 50,13. A segunda maior desvalorização era do Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido, recuando 1,83%, sendo cotado a R$ 16,05. Por fim, a terceira maior desvalorização era do XP Properties (XPPR11), outro fundo de escritórios, recuando 1,59%, sendo cotado a R$ 66,51.

Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,07%, aos 2.705 pontos.

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

João Marinho

Recent Posts

Petrobras investe R$ 20 milhões em pesquisa sobre hidrogênio branco

A Petrobras anunciou que vai investir R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de…

1 hora ago

Apple tem lucro líquido de US$ 23,64 bilhões no 2º trimestre fiscal

A Apple registrou lucro líquido de US$ 23,64 bilhões no segundo trimestre fiscal, uma queda…

1 hora ago

Aftosa: pedido de reconhecimento do Brasil como área livre será feito em agosto

O Brasil buscará o reconhecimento internacional como livre de febre aftosa sem vacinação junto à…

3 horas ago

Nunes diz que Câmara de SP deu exemplo ao permitir privatização da Sabesp e não teme revés

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou na noite desta quinta-feira, 2, poucos…

5 horas ago

Câmara de SP aprova e Nunes sanciona projeto que viabiliza privatização da Sabesp

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quinta-feira, 2, o projeto de lei que…

15 horas ago

Tragédia de Mariana: União e Estados devem rejeitar acordo de R$ 127 bi de Vale e sócios

A proposta feita pelas mineradoras Vale e BHP Billinton, sócias da Samarco, responsável pelo desastre…

16 horas ago